Paralisação foi organizada pelo Sindicato dos Bancários| Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

A agência do HSBC no Palácio Avenida, no Centro de Curitiba, amanheceu fechada na manhã desta quarta-feira (24), devido a uma paralisação do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. Outros três centros administrativos do HSBC em Curitiba, segundo o sindicato, foram alvo da mobilização.

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Conforme o sindicato, a paralisação ocorre como uma resposta à notícia de que o banco não fará o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR 2015), nem do Programa Próprio de Remuneração (PPR Administrativo). Segundo o órgão, a informação foi veiculada em um comunicado interno aos funcionários nesta terça-feira (23) e a decisão teria sido motivada pelos resultados ruins do banco no Brasil.

“Com o anúncio de que não fará o pagamento da PLR, o HSBC gerou grande indignação entre os bancários, que aguardavam com expectativa a apresentação dos resultados de 2015”, afirma, em nota divulgada no site do sindicato, Cristiane Zacarias, coordenadora nacional da Comissões de Organização dos Empregados (COE) do HSBC no Brasil. “Não podemos ficar reféns das decisões globais que o banco toma, principalmente quando vemos a alta direção e os acionistas recebendo sua parte sem maiores contratempos”, acrescenta.

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Na segunda-feira (22), o banco anunciou um lucro líquido global de US$ 13,52 bilhões no ano passado.

Venda

Abalado por uma série de escândalos e resultados financeiros decepcionantes, o HSBC anunciou em junho do ano passado um ambicioso plano de reestruturação, que incluía a eliminação de 50 mil postos de trabalho e a venda de suas atividades no Brasil e Turquia.

Mas o grupo anunciou que pretende conservar as atividades na Turquia. Ao mesmo tempo, o presidente do banco, Douglas Flint, indicou nesta semana que a venda das atividades no Brasil está quase concluída.

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No início deste mês, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) declarou que pretende aprofundar a análise da compra do HSBC pelo Bradesco. De acordo com a Superintendência, “a instrução realizada até o momento apontou que a operação eleva o nível de concentração bancária, gerando a necessidade de se analisar, de forma cuidadosa, a eventual propensão a aumentos de preços para os consumidores na oferta de produtos e serviços financeiros e não financeiros”.

Com o aprofundamento da avaliação do negócio, a Superintendência-Geral do Cade informa que, se for o caso, poderá pedir ampliação do prazo de análise da operação, que foi notificada ao órgão em novembro do ano passado.