Curitiba Uma iniciativa inédita no país vai permitir que qualquer pessoa contribua mensalmente com os projetos da Pastoral da Criança, instituição social que atende atualmente 1,8 milhão de crianças carentes em todo país. O cartão HSBC Solidariedade, que será lançado na próxima segunda-feira, dia 7, terá 100% da sua mensalidade (R$ 10) destinada à entidade. O HSBC também vai repassar mensalmente 0,5% do valor das compras feitas pelos usuários com o cartão. Segundo o presidente-executivo da empresa, Emilson Alonso, a estimativa é negociar 50 mil cartões nos próximos cinco meses e transferir à Pastoral cerca de R$ 400 mil.
"Queremos tornar a contribuição prática e simples para pessoas físicas, além de marcar a preocupação com responsabilidade social do HSBC de forma perene", diz. "Escolhemos a Pastoral por se tratar de um trabalho sério, bem estruturado e que tem alcançado ótimos resultados." De acordo com Alonso, cada 10 mil cartões cadastrados devem gerar uma receita mensal de R$ 80 mil à Pastoral. Isso porque a mensalidade será cobrada apenas do titular do cartão, e não dos seus dependentes. O cartão será oferecido tanto para clientes como para não-correntistas do HSBC.
A contratação pode ser feita nas agências bancárias ou pela internet (www.hsbc.com.br). Segundo o presidente, o HSBC Solidariedade será oferecido nas bandeiras American Express, Visa ou Mastercad e funcionará de maneira semelhante aos cartões tradicionais. "Vamos sugerir também a conversão dos cartões tradicionais, para quem se interessar." O HSBC vai investir R$ 6 milhões na divulgação nacional do produto.
Segundo a fundadora e dirigente da Pastoral, Zilda Arns, o orçamento mensal da instituição é de cerca de R$ 32 milhões. A maior parte desse valor (até 60%) é custeada pelo governo federal. Outra parcela significativa tem origem em instituições privadas, inclusive o HSBC. "As doações por parte de pessoas físicas ainda são muito frágeis", avalia. "Este é um plano muito inteligente do banco e uma boa oportunidade para a classe média colaborar."
A estimativa da diretora é de que 10 mil crianças menores de 6 anos vivam em situação de pobreza hoje no Brasil. A meta do programa é de que, no prazo de três anos, metade delas possa ser atendida.
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