O banco britânico HSBC pediu a mais de 40 embaixadas no Reino Unido para que fechem suas contas e procurem outras instituições, como parte de um programa para reduzir o risco, revelou neste domingo o jornal "Mail on Sunday".
Em seu site, o veículo britânico afirma que inclusive o Vaticano, através da Nunciatura Apostólica, foi afetado pela decisão do HSBC, assim como representações diplomáticas de países da Commonwealth.
O chefe do Corpo Consular no Reino Unido, Bernard Silver, que representa os cônsules no país, disse em entrevista ao jornal que a decisão prejudicou muitas delegações.
O HSBC especificou que as embaixadas estão submetidas às mesmas condições que o resto dos clientes na hora de abrir uma conta, como a liquidez, por exemplo.
Segundo o "Mail on Sunday", o banco pediu ao Alto Comissariado de Papua Nova Guiné e ao Consulado do Benin que abram uma nova conta bancária em outra instutuição em um prazo de até 60 dias.
"A decisão do HSBC causou problemas. As embaixadas e os consulados precisam desesperadamente de um banco, não só para receber o dinheiro das taxas cobradas para a emissão de vistos e passaportes, mas também para pagar os salários dos funcionários e os aluguéis", afirmou Bernard Silver.
O cônsul honorário do Benin, Lawrence Belavu, disse que o consulado já trabalhava com o HSBC há 22 anos e que agora enfrenta dificuldades para encontrar outro banco.
A imprensa britânica destacou hoje que as embaixadas são consideradas fator de risco por possível lavagem de dinheiro. Além disso, assim como qualquer outro cliente, também podem solicitar empreéstimos.
No ano passado, o HSBC foi multado em bilhões de dólares pelas autoridades dos Estados Unidos após a constatação da realização de supostas atividades de lavagem de dinheiro que foram atribuídas à quadrilhas de tráfico de drogas por meio de operações do banco na América Latina.