O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial brasileiro subiu para 50,2 em agosto de 49,1 em julho, segundo dados da Markit e do HSBC divulgados nesta segunda-feira (01). O resultado interrompe a sequência de quatro meses de contração entre abril e julho, quando foram constatadas leituras abaixo de 50. Dos três subsetores monitorados, a categoria de bens intermediários foi a de melhor desempenho.
De acordo com a Markitt e o HSBC, aumentos nos níveis de produção e na atividade de compras contribuíram para a melhora nas condições de negócios do setor industrial brasileiro em agosto, após o término da Copa do Mundo, ao mesmo tempo em que o volume de entrada de novos negócios permaneceu inalterado. O documento destaca ainda que as pressões sobre os preços de insumos e de produtos, por sua vez, permaneceram "tênues" no contexto dos dados históricos.
Os números de agosto indicam, contudo, declínio mensal na força de trabalho, após a modesta criação de postos registrada em julho. O relatório destaca, contudo, que a taxa de corte de empregos foi, "de um modo geral, fracionária". "Numa análise por categoria, apenas os produtores de bens intermediários relataram uma queda no número de funcionários, com aumentos marginais indicados pelos produtores de bens de consumo e de bens de investimento", destaca o documento.
"O índice PMI HSBC Brasil aponta para uma leve melhora na atividade econômica do setor industrial em agosto, o que pode ter sido uma recuperação após os resultados afetados negativamente pela Copa da FIFA. O índice PMI subiu (...) principalmente por causa da melhora do índice de produção. No entanto, as empresas reportaram que as encomendas permaneceram estagnadas, o que sugere que as perspectivas para o setor permanecem fracas", comentou o economista principal do Grupo no HSBC no Brasil, Andre Loes.
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