A operação brasileira do HSBC voltou ao lucro no primeiro semestre deste ano, mas o resultado foi modesto perto das cifras bilionárias do setor. O conglomerado financeiro, que inclui todas as unidades do banco, teve lucro de R$ 31,8 milhões nos primeiros seis meses do ano, contra perdas de R$ 16,2 milhões no mesmo período de 2014.
Pelo sistema de balanço chamado de IFRS, padrão internacional diferente do autorizado pelo Banco Central no Brasil, o lucro de US$ 191 milhões antes da incidência de impostos.
O lucro foi garantido por compensações fiscais. A operação em si continua funcionando no vermelho, segundo o balanço publicado hoje pelo banco. As receitas de intermediação financeira avançaram para R$ 10,4 bilhões, contra R$ 8 bilhões no primeiro semestre do ano passado. Ao mesmo tempo, as despesas avançaram de R$ 5,7 bilhões para quase R$ 9 bilhões.
Considerando-se outras despesas operacionais, o resultado foi de prejuízo de R$ 206 milhões nos primeiros seis meses deste ano, antes da incidência de impostos sobre o lucro. No ano passado, o resultado havia sido um lucro de R$ 80 milhões.
Neste ano, o HSBC precisou dobrar a provisão para créditos duvidosos, que passaram de R$ 1,1 bilhão para R$ 2,2 bilhões. O aumento reflete a piora nos indicadores de crédito no país por causa da crise econômica.
Nos últimos anos, o HSBC tem tido dificuldade em fazer sua unidade brasileira ter uma boa performance. Por isso, decidiu vende-la para o Bradesco, em uma operação de R$ 17,6 bilhões anunciada no início deste mês. A aquisição ainda não foi aprovada pelas autoridades.
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