Curitiba Ao comemorar 25 anos de atuação no setor metalúrgico, o grupo paranaense Hübner anunciou ontem investimento de R$ 50 milhões em duas novas unidades industriais. Uma delas produzirá briquetes de serragem e posteriormente os carbonizará, obtendo-se carvão, e começará a operar dentro de 30 dias, em Jaguariaíva, na região dos Campos Gerais. A outra, uma siderúrgica de ferro gusa, ocupará uma área de 1,1 milhão de metros quadrados, em Ponta Grossa.
Presente em três estados Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais e exportando para os cinco continentes, o grupo Hübner faturou R$ 134,8 milhões no ano passado. A empresa é composta por cinco plantas industriais: duas fundições de ferro, uma fundição de metais não-ferrosos, siderúrgica e fábrica de implementos rodoviários.
Segundo o fundador e presidente do grupo, Nelson Hübner, a siderúrgica de ferro gusa será a primeira da Região Sul, que concentra o maior número de fundições do país. A fábrica deve iniciar suas atividades em dezembro de 2006 e vai produzir ferro líquido para as duas fundições do grupo e também para abastecer o mercado brasileiro.
Hübner informou que a siderúrgica deverá faturar mensalmente entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões, devendo responder pela criação de 200 empregos diretos. O investimento no projeto é de R$ 40 milhões, dos quais, 80% serão financiados. Para que a nova empresa seja auto-suficiente em energia, será construída uma termoelétrica junto à planta industrial.
O carvão vegetal que será utilizado na siderúrgica virá da fábrica de Jaguariaíva. De acordo com Nelson Hübner, para cada tonelada de gusa são utilizados 1,6 tonelada de minério e 3 metros cúbicos de carvão. Para produzir cada metro cúbico de carvão vegetal são necessárias nove árvores. "A vantagem da fábrica de Jaguariaíva é que ela não destruirá árvores, pois utilizará resíduos florestais que serão carbonizados", explica.
Para produzir o ferro gusa, na siderúrgica de Ponta Grossa, serão utilizados como matéria-prima carvão e minério de ferro, além de calcário e manganês. A função do carvão é desoxidar o minério de ferro, fornecer poder calorífico para derreter o minério e também fornecer carbono para a composição da liga do ferro gusa. Segundo o Hübner, a nova empresa é uma necessidade para que no futuro o grupo esteja garantido quanto ao fornecimento de carvão, que representa 65% do custo do ferro gusa.
Na etapa inicial, a fábrica de Jaguariaíva vai pegar a serragem oriunda de várias madeireiras e prensá-la, na forma de briquetes, que servirão de matéria-prima para o carvão.
Nelson Hübner, que começou com uma indústria num pequeno barracão na Vila São Pedro, em Curitiba, atribui o sucesso dos negócios aos investimentos constantes na ampliação da produção com novas tecnologias e à aposta em nichos de mercado. "Após adquirir os conhecimentos necessários no curso de torneiro mecânico no Senai, trabalhar em diversas empresas e analisar as necessidades do mercado, iniciei a prestação de serviços de usinagem de componentes metálicos para indústrias Trützschler, Bosch e outras instaladas no parque industrial de Curitiba, que são nossas clientes até hoje", destaca o empresário.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast