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O dólar fechou a segunda-feira em discreta alta frente ao real, acompanhando a piora nas bolsas de valores internacionais no final do dia. Na maior parte da sessão, contudo, a moeda norte-americana recuou diante da promessa da China de flexibilizar o yuan.

A divisa norte-americana teve variação positiva de 0,06 por cento, a 1,773 real na venda, após recuar 0,90 por cento na mínima do dia.

Frente a uma cesta de moedas, o dólar avançava 0,4 por cento no final da tarde, devido principalmente à baixa do euro.

"O dólar passou a subir com mais força ante as moedas lá fora e as bolsas viraram (para baixo). A gente só acompanhou o movimento lá de fora", afirmou o operador de um banco nacional, que preferiu não ser identificado.

O mercado trabalhou com o dólar em baixa ante o real durante quase todo o dia, em linha com a alta das ações globais e das commodities, após o governo chinês anunciar no final de semana que permitirá mais flexibilidade nas cotações do yuan.

Nesta segunda-feira, o banco central chinês não realizou suas tradicionais intervenções cambiais, e a divisa local teve a maior alta diária e o fechamento mais alto em cinco anos.

Mas o ânimo com o anúncio da China perdeu força no final da tarde e reduziu o apetite por ativos de risco.

O cenário mais calmo dos últimos dias, com queda do dólar em quatro das cinco sessões da semana passada, permitiu que os investidores estrangeiros ampliassem as posições vendidas no mercado futuro e de cupom cambial.

Segundo dados da BM&FBovespa, na última sexta-feira essas posições estavam em 735 milhões de dólares, ante 363 milhões de dólares no dia anterior. Tal posição reflete apostas na baixa da moeda norte-americana.

Para o curto prazo, profissionais acreditam em mais queda do dólar ante o real, especialmente devido à perspectiva de aumento de ingresso de recursos no país com as operações de capitalização do Banco do Brasil e da Petrobras.

O gerente de câmbio de um banco nacional, que também preferiu não ser identificado, citou ainda uma provável alta do juro básico brasileiro como mais um componente favorável para a baixa do dólar.

"A combinação da estabilidade econômica que o Brasil mostra com um juro elevado pode atrair mais capitais para o país", afirmou.

A Selic atualmente está em 10,25 por cento ao ano e a expectativa de analistas, segundo o relatório Focus do Banco Central, é de que chegue a 12 por cento no final de 2010.

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