Uma autoridade húngara não estava exagerando quando disse na quinta-feira que o país tem uma chance pequena de evitar uma crise ao estilo da grega, disse o porta-voz do primeiro-ministro nesta sexta-feira (4).
O vice-presidente do partido, Lajos Kosa, foi citado pelo site de negócios napi.hu dizendo que o novo governo encontrou as finanças públicas em pior estado que o previsto e que há uma pequena chance de evitar um cenário igual ao grego.
Questionado sobre os comentários, o porta-voz do primeiro-ministro Viktor Orban, Peter Szijjarto, disse que "foi o primeiro-ministro (anterior, o socialista) Ferenc Gyurcsany que falou sobre uma moratória. Ele disse com altivez que a Hungria estava perto de uma moratória. Ele disse isso um ano e meio atrás... e ele estava orgulhoso em dizer que apenas ele poderia salvar a Hungria de uma moratória pegando um empréstimo do FMI".
"Sob esse ponto de vista, não acho que (os comentários de Kosa) sejam exagerados."
A Hungria não faz parte da zona do euro. Szijjarto disse mais cedo à televisão que o novo governo planeja adotar medidas para melhorar as finanças públicas e quer reformas mais profundas e cortes de impostos para aumentar a competitividade.
Questionando sobre se os cortes de impostos e estímulos econômicos não terão que ser adiados devido ao elevado déficit, ele respondeu que "não".
"O governo anterior da Hungria falsificou dados. Na Grécia, eles também falsificaram dados. Na Grécia, o momento da verdade chegou. A Hungria ainda está antes disso", disse Szijjarto.
"É exatamente isso o que queremos evitar e esse governo está pronto para evitar o caminho que a Grécia tomou. Após constatar a realidade, não hesitaremos em agir."
Analistas e mercados se disseram confusos com os comentários e pediram clareza.
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