
O Índice de Atividade Econômica IBC-Br, conhecido como “prévia do PIB”, teve uma alta de 0,9% em janeiro de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta segunda (17). O indicador ficou acima do estimado pelo mercado financeiro, que era de 0,2% a 0,6%.
Segundo a autoridade monetária, o índice subiu aos 154,6 pontos com ajuste sazonal, o maior nível da série histórica. Em 12 meses, o IBC-Br soma 3,82%, contra 3,88% em dezembro.
Já na série sem ajuste sazonal, o índice cresceu 3,39% no trimestre móvel encerrado em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. O Banco Central ainda revisou para cima os resultados dos últimos meses:
- Dezembro: de -0,73% para -0,6%;
- Novembro: 0,16% para 0,23%;
- Outubro: -0,34% para -0,16%.
A divulgação do IBC-Br acima do esperado ocorre no momento em que o próprio mercado financeiro vê um início de redução da inflação para o ano, mas também um freio no avanço do PIB, segundo apontou o Relatório Focus publicado mais cedo.
De acordo com os analistas do mercado financeiro, a inflação deve terminar o ano em 5,66%, enquanto que o PIB está estimado em 1,99% antes 2,01% do previsto há uma semana.
A expectativa vai contra o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que diz esperar uma alta acima de 3% como ocorreu em 2024.
“E pode dizer que esse ano o Brasil ainda vai crescer 1,5%. Nós vamos crescer 3,7%. E não falem bobagem, de que não vamos crescer neste ano”, disse em meados de fevereiro.
O resultado menor do PIB previsto para o ano, no entanto, contrata com o registrado em 2024, quando a economia cresceu 3,4% em R$ 11,7 trilhões segundo o IBGE.