Os pilotos da companhia aérea espanhola Iberia farão mais dois dias de greve nesta semana, segunda-feira e quarta-feira, em protesto contra a criação de uma filial de baixo custo para os voos de trajetos curtos e médios, a Iberia Express.
A companhia se viu obrigada a cancelar mais de 200 voos, o que afetou 23,2 mil passageiros, apesar de a maioria ter sido recolocada pela empresa.
Os pilotos afirmam que a filial é ilegal porque viola seu contrato coletivo de trabalho, que estabelece que a atividade da empresa não pode ser dividida e que as operações no aeroporto de Madri-Barajas devem ser realizadas por funcionários da companhia aérea.
Já a Iberia considera a nova empresa legal e necessária para seu futuro e acusa os pilotos de tentarem influenciar nas decisões que cabem à direção da companhia. O conflito entre pilotos e a empresa já provocou dois dias de greve em dezembro, além de constantes acusações entre ambos.
O sindicato de pilotos e a Iberia não chegaram a um acordo para regular os serviços mínimos dos próximos dois dias de greve, fixados pelo Ministério de Fomento espanhol, e discordam sobre o número de voos cancelados.
Segundo a Iberia, 213 voos foram cancelados, dos quais 109 correspondem a 9 de janeiro e 104 ao dia 11, enquanto o sindicato eleva o número para 267, dos quais 138 coincidem com o primeiro dia de greve e 129, com o segundo.
A Iberia disse que as datas da greve coincidem com o retorno das férias de milhares de pessoas - o que representa maior dificuldade para oferecer alternativas de remanejamento -, mas o sindicato afirmou que os dias 9 e 11 de janeiro foram escolhidos com a intenção de afetar menos os passageiros.
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