A gerente de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, afirmou hoje que a desaceleração do consumo das famílias no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, explica-se pela baixa base de comparação e pelo fim de incentivos fiscais, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de automóveis e eletrodomésticos da linha branca.
O consumo das famílias cresceu 6,7% entre abril e junho de 2010 ante igual intervalo de 2009. Nos três primeiros meses deste ano na mesma base de comparação, a alta foi maior, de 9,3%. Este é o 27º trimestre seguido em que o consumo cresce. O crescimento nominal ficou em 0,8% no segundo trimestre ante o trimestre anterior, o que indica o menor resultado desde o primeiro trimestre de 2009, quando houve queda de 0,1%.
"Há dois efeitos: a base de comparação e, neste segundo trimestre, já tinham acabado os incentivos para compra de automóveis e (produtos) da linha branca", afirmou Rebeca. "Apesar disso, a gente continua tendo crescimento do consumo das famílias, impulsionado pela massa salarial real, que cresceu 7 3% neste trimestre na comparação com o mesmo trimestre do ano passado."
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