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São Paulo – De praças públicas a elevadores de prédios residenciais, lá está a plaquinha que diz: "Sorria, você está sendo filmado". O alerta onipresente tem a função de avisar as pessoas sobre o monitoramento do local – além de coibir furtos, roubos e assaltos nos mesmos lugares. A IBM está levando esse tipo de serviço a um outro patamar. Há cerca de um ano, o centro de pesquisas mantido no Brasil pela multinacional começou a trabalhar em um projeto de "smart surveillance" (ou vigilância inteligente). A idéia é integrar diversos sistemas – incluindo a captação de imagens – em uma única solução que trabalhe também na prevenção de incidentes.

Um posto bancário 24 horas, por exemplo, pode ter suas câmeras ligadas ao software do próprio caixa eletrônico. "Se as câmeras de segurança detectarem a presença de alguém no posto de auto-atendimento, de madrugada, e essa pessoa ficar por ali durante um período de tempo longo, sem usar o caixa – essa situação incomum pode ser interpretada como sendo de risco e a vigilância inteligente poderá disparar um alerta", explica o executivo de desenvolvimento de negócios da IBM Brasil, Rafael Dan Schur. Trata-se de uma situação hipotética – e básica. "O nível de integração entre softwares e a sofisticação do caráter preventivo do sistema pode variar", acrescenta Dan Schur.

A lista de instituições financeiras que já testam a "smart surveillance" é guardada a sete chaves. A IBM revela apenas que "várias das principais instituições de porte do país já demonstram interesse pela solução". De acordo com Paul Sorelli, que trabalha no desenvolvimento da vigilância inteligente, grandes lojas de varejo também querem adotar o sistema – tento pela segurança como pelo controle mais efetivo de fluxo de clientes e mercadorias.

Evento

Na terça-feira passada, a "Big Blue", como é conhecida a IBM, dedicou-se a discutir em São Paulo o segmento que passou a dominar nos últimos 10 anos: o de serviços em TI. A importância da inovação tecnológica e de processos para o crescimento das empresas foi a tecla mais batida na ocasião. "O website na década de 90 era uma solução à procura de um problema. Todas as empresas passaram a ter um, mesmo sem saber o porquê", frisou Robert Payne, vice-presidente de serviços da IBM Brasil. De acordo com ele, esse tipo de inovação não faz muito sentido – acabou resultando no estouro da bolha de 2000. "O mercado hoje aprendeu a crescer de acordo com sua necessidade e é por isso que as soluções on demand da IBM fazem sucesso."

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