A Bovespa fechou o primeiro pregão de setembro no campo positivo, mas com fraco volume financeiro em função do feriado nos Estados Unidos, enquanto investidores seguiam na expectativa da atuação de bancos centrais para estimular a economia global. O Ibovespa subiu 0,39 por cento, a 57.281 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 3,88 bilhões de reais, abaixo da média diária de 2012, de cerca de 7,2 bilhões de reais.
"A liquidez ficou comprometida. Sem o referencial do mercado norte-americano, investidores aproveitaram para ajustar carteiras", disse o estrategista-chefe do Banco WestLB, Luciano Rostagno. Dados fracos do setor industrial na China e na zona do euro divulgados nesta segunda-feira mantiveram vivas as expectativas de novas medidas de bancos centrais para estimular a economia mundial.
Com isso, o principal índice europeu de ações registrou alta de 0,8 por cento na sessão, com investidores à espera da reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira. "O mercado espera ansiosamente para ver se o BCE vai cortar juros e detalhar seu plano de compra de títulos", afirmou Rostagno. Investidores também devem acompanhar com atenção dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos nesta semana, à procura de sinais de nova rodada de afrouxamento monetário.
Por aqui, ações do setor financeiro foram as principais influências de alta para o Ibovespa, com destaque para BM&FBovespa, que subiu 3,91 por cento, a 11,17 reais, e Bradesco, com alta de 1,79 por cento, a 33,59 reais.
Papéis do setor elétrico operaram sem direção única, após o forte tombo da semana passada, em meio à incertezas sobre mudanças na regulação dessa indústria.
A preferencial da Eletrobras subiu 0,75 por cento, a 18,69 reais, enquanto Cteep teve queda de 1,42 por cento, a 44,46 reais.
Dentre as blue chips, a preferencial da Vale teve queda de 0,27 por cento, a 33,09 reais, e a da Petrobras caiu 0,34 por cento, a 20,68 reais. OGX recuou 0,79 por cento, a 6,25 reais.