A Bovespa encerrou a terça-feira (9) em queda, pressionada pelo recuo dos bancos na sessão e acompanhando o clima de maior aversão ao risco nos mercados externos, em meio às crescentes preocupações com a desaceleração econômica mundial. O Ibovespa teve queda de 0,64%, a 58.939 pontos, devolvendo parte dos ganhos da véspera. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,6 bilhões, abaixo da média diária de 2012, de 7,3 bilhões de reais.

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"O mercado percebeu que as ações recentes dos bancos centrais para estimular as economias foram positivas, mas muito pontuais. Os fatores estruturais voltaram a preocupar", disse o economista-chefe da Planner Investimentos, Eduardo Velho, citando temores sobre o crescimento global e a crise na zona do euro.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção para o crescimento global para 3,3 por cento em 2012 --se confirmada, será a menor expansão desde 2009.

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A crise da zona do euro também pesou nos mercados, com as incertezas sobre eventual pedido de resgate da Espanha e sobre a situação da Grécia.

"A situação ainda é muito vulnerável e frágil, por isso vemos o mercado ainda um pouco reticente e com mais aversão ao risco", acrescentou Eduardo Velho.

Em Wall Street, o índice Dow Jones perdeu 0,81 por cento, enquanto o termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,52 por cento.

Por aqui, o setor bancário pesou na Bovespa, com destaque para Itaú Unibanco e Banco Bradesco, com queda de 2,46 e 3,07 por cento, respectivamente.

"É um momento mais negativo para os bancos, com a pressão para corte de juros e tarifas gerando expectativa de queda de rentabilidade para o setor", disse Felipe Rocha, analista na Omar Camargo Corretora em Curitiba.

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O recuo do Ibovespa foi limitado pelo avanço das mineradoras na sessão, com MMX subindo 3,9 por cento, a 4,79 reais, e a preferencial da Vale em alta de 0,75 por cento, a 36,28 reais, reflexo da forte alta dos preços do minério de ferro.

Ainda entre as blue chips, OGX subiu 0,88 por cento, a 5,76 reais, enquanto a preferencial da Petrobras teve queda de 0,85 por cento, a 22,22 reais.