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A decisão do Federal Reserve de injetar mais dinheiro na economia conduziu a bolsa brasileira nesta quinta-feira para o maior nível desde maio de 2008, a poucos pontos do recorde histórico.

O Ibovespa, principal índice das ações brasileiras, teve alta de 1,52 por cento, a 72.995 pontos. É o maior patamar de fechamento desde 28 de maio de 2008, antes do agravamento da crise financeira global, e está próximo do recorde de fechamento de 73.516 pontos atingido no mesmo mês.

O giro financeiro do pregão foi de 7,87 bilhões de reais.

Na quarta-feira, o Federal Reserve anunciou a compra de 600 bilhões de dólares em títulos para aumentar a disponibilidade de crédito. A medida de estímulo à economia, aguardada há semanas, empurrou commodities, moedas emergentes e ações a níveis anteriores à quebra do Lehman Brothers, em 2008.

O índice Standard & Poor's 500, da bolsa de Nova York, subiu 1,93 por cento. O Dow Jones voltou ao nível anterior à quebra do Lehman Brotehrs. O índice Reuters-Jefferies de commodities saltou 2,4 por cento.

"O mercado local tem operado mais relacionado às commodities, que têm se valorizado à medida que o dólar desvaloriza", disse Leonardo Bardese, operador da BGC Liquidez, que ponderou também a importância dos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, previstos para sexta-feira.

O relatório será divulgado às 10h30 (horário de Brasília). É justamente a apática geração de emprego que induziu o Fed a lançar um novo pacote de estímulo.

Na opinião da SLW Corretora, o viés para o Ibovespa é de alta, mesmo com "momentos de volatilidade" provocados por alguns eventos ao longo do mês. "Nossa expectativa é que o Ibovespa siga em recuperação... testando os 80 mil pontos" até o final do ano, escreveu a equipe chefiada por Pedro Galdi.

Entre as ações do Ibovespa, os destaques positivos ficaram entre as empresas relacionadas a matérias-primas. As três que mais contribuíram para a subida do índice foram a mineradora Vale, com alta de 2,3 por cento da ação PN, a 49,35 reais, Petrobras PN, com ganho de 1,85 por cento, a 27,50 reais, e a siderúrgica Usiminas, com alta de 4,05 por cento das ações preferenciais, a 22,33 reais.

A operadora de cartões Cielo subiu 0,28, a 14,48 reais, após divulgar lucro de 488,1 milhões de reais no terceiro trimestre. A corretora Ativa considerou o resultado "neutro". "Apesar dos resultado positivo da Cielo, há questionamentos quanto a sustentabilidade da estratégia de manutenção de altas margens pela credenciadora, ao invés da disputa de preços com a sua concorrente, Redecard."

"Revisaremos em breve nossas estimativas para a empresa e, por ora, mantemos a recomendação neutra para CIEL3 (preço-alvo de 20,26 reais por ação, 'upside' de 40 por cento)."

Na ponta negativa, as ações da ALL caíram 3,89 por cento, a 15,81 reais, e os papéis da Marfrig tiveram baixa de 2,3 por cento, a 14,85 reais.

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