A bolsa brasileira teve nesta segunda-feira o pior dia desde a crise financeira de 2008, no primeiro dia após o rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos pela agência Standard & Poor's.
A bolsa ficou perto de acionar o "circuit breaker", regra que interrompe a negociação das ações por meia hora quando o Ibovespa desaba 10 por cento.
O principal índice das ações brasileiras despencou 8,08% , a 48.688 pontos. Foi a maior queda desde 22 de outubro de 2008. O giro financeiro do pregão foi de 9,6 bilhões de reais, bem acima da média diária recente.
O mercado agora aguarda a reunião de política monetária do Federal Reserve nesta terça-feira.
"Alguém tem que falar alguma coisa que acalme os mercados", disse Rafael Espinoso, estrategista de renda variável da CM Capital Markets. "Há o medo, de novo, de a economia mundial sofrer um baque em termos de crescimento."
O Banco Central Europeu (BCE) tentou sustentar os mercados de bônus na Europa, onde predomina a preocupação com Itália e Espanha, comprando títulos desses países.
Mas a iniciativa foi apenas um paliativo diante de um pânico generalizado das bolsas internacionais.
Em Nova York, o índice Standard & Poor's 500 desabou 6,66 por cento, na maior queda diária desde dezembro de 2008. O índice de volatilidade disparou quase 50 por cento.
Entre as ações de maior liquidez do Ibovespa, a ação preferencial da Vale, com volume superior a 1 bilhão de reais, teve queda de 9,17 por cento, a 36,54 reais. O papel preferencial de Petrobras despencou 7,58 por cento, a 18,65 reais, e Itaú Unibanco teve baixa de 9,72 por cento, a 25,55 reais.
A ação de maior queda foi da produtora de carne Marfrig, que desabou 24,8 por cento, a 9,02 reais.
Apesar do baque nas ações, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, afirmou que a instituição considera a volatilidade como temporária.
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