Investidores da Bovespa pegaram carona no otimismo de Wall Street com dados positivos do ramo imobiliário dos Estados Unidos para levantar as ações, numa sessão de liquidez reduzida em véspera de feriado.
O Ibovespa terminou o dia apontando alta de 1,78%, aos 62.942 pontos. Na máxima da sessão, o principal índice do mercado acionário brasileiro superou os 63 mil pontos.
O giro financeiro, também prejudicado por uma falha que interrompeu os mercados de futuros no final da tarde, ficou em 4,68 bilhões de reais.
Num dia de agenda econômica fraca, a notícia de que as vendas pendentes de moradias usadas nos EUA subiram mais que o esperado em abril, atingindo a máxima em seis meses, fez a diferença. Nas bolsas nova-iorquinas, os principais índices subiram mais de 2 por cento.
"Foi o único elemento externo de maior relevância", disse o sócio da Rio Gestão de Recursos André Querne.
Sem novas notícias negativas sobre a zona do euro, o otimismo das bolsas se esparramou também para as commodities, que haviam tido um dia de forte correção na véspera. A alta de matérias-primas como petróleo e metais escoltou as blue chips domésticas.
O papel preferencial da Vale subiu 2,1%, a 42,90 reais. Em relatório, o BofA Merrill Lynch reiterou recomendação de compra para as ações da mineradora, considerando que a empresa deverá ser beneficiada por novo aumento dos preços do minério de ferro.
A ação preferencial da Petrobras ganhou 1,6%, cotada a 29,10 reais.
Altas pontuais ajudaram a dar sustentação ao Ibovespa, como do setor de telefonia, após a espanhola Telefónica ter na véspera elevado, de 5,7 bilhões para 6,5 bilhões de euros, a oferta pela participação detida pela Portugal Telecom na Vivo.
O papel ordinário da Oi foi o carro-chefe, disparando 8,8 por cento, a 38,45 reais. Para analistas da Itaú Corretora, se a proposta da Telefónica for aceita, a Portugal Telecom pode querer comprar uma participação na Oi.
Banco do Brasil subiu 4,1%, a 26,71 reais, na esteira de considerações de que a possível participação do fundo soberano do país na oferta pública de ações do banco poderia melhorar a precificação do papel.
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