O principal índice das ações brasileiras fechou perto da estabilidade nesta quarta-feira, sem conseguir acompanhar a alta das bolsas norte-americanas no fim de outro pregão de volatilidade à espera do discurso do chairman do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, no fim da semana.
O Ibovespa avançou 0,02 por cento, a 53.795 pontos, após máxima de 54.279 pontos, em alta de 0,92 por cento, e mínima de 52.992 pontos, em baixa de 1,48 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 5,6 bilhões de reais.
Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 subiram cerca de 1,3 por cento, com um movimento concentrado durante a tarde.
O mercado trabalha com a expectativa de que Bernanke possa dar sinais na sexta-feira sobre um novo programa de estímulo à economia dos Estados Unidos. No ano passado, em conferência semelhante, o banco central norte-americano deu as primeiras indicações de que conduziria o segundo programa de compra de ativos, conhecido como quantitative easing, que sustentou a alta das ações no fim de 2010 e no começo de 2011.
Embora o mercado local opere com "grande correlação" com o externo, a Lerosa Investimentos, em relatório, afirma que pode haver um descolamento positivo para o Ibovespa em breve.
"É cada vez mais notório a sensação de que as condições da economia interna estão em melhores condições e esse desempenho deve ser espelhado para os ativos em breve", escreveram os analistas da corretora.
As ações de maior liquidez do Ibovespa tiveram leve alta. O papel preferencial da Vale avançou 0,23 por cento, a 38,69 reais, e o da Petrobras se valorizou em 0,35 por cento, a 20,23 reais.
O Itaú BBA reduziu o preço-alvo das ações da Petrobras de 40,40 reais para 28,90 reais em 2012 para passar a considerar o maior volume de investimentos da estatal no longo prazo. Ainda assim, os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes afirmam que, "em termos de fundamentos no setor de petróleo, é impossível contestar o potencial de longo prazo da Petrobras."
Ações de companhias aéreas se destacaram, com Gol em alta de 6,2 por cento, a 11,30 reais, e TAM com valorização de 4,15 por cento, a 33,15 reais.
A alta das ações da TAM se manteve mesmo após a notícia de que o Tribunal Constitucional do Chile adiou para a próxima semana a decisão sobre uma queixa contra a fusão da brasileira com a LAN. O mercado tem demonstrado otimismo com uma decisão favorável da Justiça chilena.
A maior queda foi das ações da Hypermarcas, com variação de 4,02 por cento, a 12,43 reais.
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