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Ibovespa iguala maior série de altas em 7 anos

O principal índice de ações brasileiras subiu pelo décimo primeiro pregão consecutivo nesta segunda-feira (02), embalado pelo otimismo das bolsas de valores globais, e igualou a maior série de altas em sete anos.

O Ibovespa avançou 1,48 por cento, para 68.517 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,25 bilhões de reais.

Com a alta no dia, o índice praticamente zerou as perdas acumuladas em 2010, depois de mais de três meses no vermelho.

Em Nova York, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 subiram em torno de 2 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 fechou em alta de 2,6 por cento.

"Hoje começou com dados positivos de divulgação de bancos na Europa... Aí nos EUA teve um número manufatureiro melhor que o esperado --desacelerou, mas veio acima das expectativas. E, finalmente, o discurso do (chairman do Federal Reserve, Ben) Bernanke, que foi menos alarmista", resumiu Luciano Rostagno, estrategista-chefe da CM Capital Markets.

Com o clima favorável às ações de um modo geral, se destacaram no mercado local os papéis de gigantes como Vale e Petrobras, com a maior contribuição individual para a alta do Ibovespa. A ação PN da mineradora subiu 3,35 por cento, para 44,10 reais, e a da petrolífera teve ganho de 2,86 por cento, a 28,44 reais.

O terceiro maior volume ficou com Itaú Unibanco, que divulga o resultado do segundo trimestre antes da abertura do pregão de terça-feira. A ação do banco teve alta de 0,35 por cento, para 39,71 reais.

Em termos percentuais, a TAM teve a maior valorização do índice, de 4,45 por cento, a 30,72 reais. A empresa anunciou na sexta-feira um aumento de capital de 144 milhões de reais por parte da família Amaro, controladora da companhia .

Entre as notícias que animaram o mercado global estiveram o lucro dos bancos HSBC e BNP Paribas e o índice do setor manufatureiro dos EUA que, embora tenha desacelerado, superou as expectativas em julho .

Na avaliação de Bernanke, a economia norte-americana está melhorando, mas ainda precisa se recuperar completamente.

Destaques de baixa

Na ponta de baixo do mercado, a varejista Lojas Renner teve a maior queda, de 4,77 por cento, para 56,15 reais. A empresa praticamente devolveu toda a alta acumulada na sexta-feira, quando repercutiu o lucro maior que o esperado do segundo trimestre.

As ações da Ambev também se destacaram, com queda de 0,36 por cento, a 189,70 reais, pelo movimento abrupto durante os negócios. Na metade do dia, a ação da fabricante de bebidas chegou a despencr mais de 5 por cento, com forte volume, e se recuperou pouco depois.

A empresa anunciou uma oferta pública de ações referente ao leilão de sobras de ações subscritas no aumento de capital aprovado em abril deste ano. A operação, no entanto, tem volume total de apenas 49 milhões de reais.

De acordo com o analista de uma corretora, que preferiu não se identificar, "o pessoal leu a manchete e teve um volume de venda grande, daí olhou com mais calma (o tamanho e a natureza da operação) e o papel voltou".

Fora do índice, as units do Santander Brasil tiveram leve baixa de 0,17 por cento, a 23,20 reais. O papel foi a única novidade da primeira prévia da nova composição do Ibovespa, com validade a partir de setembro.

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