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Bolsa

Ibovespa perde força e recua pelo 3º pregão seguido

Após passar quase todo o pregão no azul, acompanhando a trégua nos mercados internacionais, o principal índice da bolsa brasileira perdeu força na hora final de negócios e emendou a terceira queda seguida nesta quinta-feira (10).

O Ibovespa recuou 0,14%, a 59.702 pontos, no menor patamar em quatro meses. Na máxima, o índice marcou 60.751 pontos, alta de 1,59%. O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,92 bilhões, abaixo da média.

"Os mercados ficaram um pouco mais animados com um possível acordo na Grécia, mas isso mudou a tendência; as incertezas continuam", disse Frederico Lukaisus, gerente de mesa de operações da Fator Corretora. "Cada dia é um capítulo novo."

Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou em leve alta de 0,16%. Mais cedo, o principal índice dos mercados europeus fechou em alta de 0,45%.

Os mercados aproveitaram os indícios de que a Grécia estaria mais perto de resolver seu impasse político para tentar corrigir um pouco as perdas acumuladas nas últimas sessões.

O líder socialista grego Evangelos Venizelos iniciou nesta quinta-feira esforços para formar o governo de coalizão. Além disso, autoridades da zona do euro reforçaram que a região está preparada para continuar financiando a Grécia até que o país tenha um novo governo.

Ainda assim, analistas do Barclays afirmaram, em relatório, que o cenário continua a inspirar cautela. "A incerteza política continuará no foco e isso, combinado com perspectivas econômicas mais fracas para a zona do euro, devem manter a preocupação dos mercados elevada."

Os dados de emprego nos Estados Unidos contribuíram para o sentimento mais positivo do pregão nesta quinta-feira, segundo operadores. O número de novos pedidos de auxílio-desemprego teve leve queda na semana passada, para 367 mil.

Já os fracos números de comércio exterior na China preocuparam investidores. O crescimento anual das importações chinesas em abril foi de apenas 0,3% e as exportações expandiram apenas 4,9%, bem abaixo das estimativas.

Dentre as blue chips, a preferencial da Vale fechou estável, a R$ 39,22. Na véspera, a Vale informou que obteve liminar no Supremo Tribunal Federal suspendendo a cobrança pelo governo de R$ 24 bilhões em impostos de controladas e coligadas da empresa no exterior.

A preferencial da Petrobras recuou 1,19%, a R$ 19,92. Em sentido contrário, OGX subiu 2,86%, a R$ 13,68.

PDG recuou 6,37%, a R$ 4,70, e foi a maior baixa do Ibovespa. Braskem apareceu em seguida, com queda de 4,56%, a R$ 12,55. A petroquímica viu seu lucro líquido recuar 50% no primeiro trimestre na comparação anual, para R$ 152 milhões.

MMX, que também divulgou resultados pela manhã, caiu 3,72%, a R$ 8,03. A mineradora teve lucro líquido de R$ 49,3 milhões no primeiro trimestre, queda de 23% ante igual período de 2011.

Em sentido oposto, a unit do Santander subiu 3,67%, a R$ 16,66, a maior alta do índice, seguida por Cesp, com alta de 3,15%, a R$ 37,04.

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