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O principal índice das ações brasileiras fechou em alta nesta quinta-feira (31), dando continuidade ao movimento da véspera em meio à recuperação das ações do setor financeiro.

O Ibovespa subiu 0,87 por cento, a 68.586 pontos. É o maior patamar de fechamento desde 26 de janeiro. O giro financeiro do pregão foi de 6,7 bilhões de reais.

Em março, o índice teve alta de 1,79 por cento. No trimestre, porém, o Ibovespa acumulou queda de 1,04 por cento.

Ações do setor financeiro, beneficiadas pela visão de que o Banco Central deve terminar em breve o ciclo de alta de juros e de que as medidas macroprudenciais não devem ter impacto tão duro sobre os lucros, continuaram em alta.

O Índice Financeiro da Bovespa subiu 2,34 por cento, com Itaú Unibanco em alta de 3,43 por cento, a 38,90 reais, Bradesco com valorização de 2,77 por cento, a 33,35 reais, e Banco do Brasil com ganho de 2,5 por cento, a 29,55 reais.

Outros setores sensíveis à oferta de crédito também subiram, com o Índice de Consumo em alta de 0,91 por cento e o Imobiliário em alta de 0,98 por cento.

"Como a gente está iniciando o período (abril) com essa noção de um menor aumento da taxa Selic, a gente pode ter um período bom (de alta das ações)", disse Kelly Trentin, analista da corretora Spinelli, em referência à interpretação do mercado após o Relatório de Inflação do BC, publicado quarta-feira.

Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ativa, também vê uma correlação grande entre a política monetária e a trajetória futura do Ibovespa, e identifica motivos técnicos para um possível ciclo de alta do Ibovespa no próximo mês.

"Ele (Ibovespa) está rompendo uma zona de resistência muito grande a 68.250 pontos, o que teoricamemte libera o mercado para um objetivo ao redor de 71 ou 72 mil pontos."

A chave para um bom desempenho do mercado local, porém, é o comportamento do investidor estrangeiro, que segue reticente. Em 2011, até o dia 29 de março, os não-residentes retiraram 2,8 bilhões de reais em termos líquidos da Bovespa.

Parte do movimento foi explicada por um ajuste global nas carteiras, que privilegiou as bolsas de países desenvolvidos em meio à aceleração de suas economias. Outra parte, no entanto, foi atribuída às medidas macroprudenciais e às restrições a queda do dólar, que poderiam - na visão dos analistas - respingar sobre a entrada de recursos para a bolsa.

"Não tendo mais medidas macroprudenciais ou novos aumentos de taxa de juros (além do que já está previsto), diria que a tendência é que o mercado reaja melhor", disse Bandeira.

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