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Mercado financeiro

Ibovespa volta aos 43 mil pontos e risco-país atinge nova mínima histórica

Depois de operar em alta durante boa parte do dia e ultrapassar os 44 mil pontos pela primeira vez na história, após a divulgação de dados de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa, nesta sexta-feira

O Ibovespa recuou 0,36% e voltou aos 43 mil pontos (43.596), refletindo um movimento de realização de lucros e a decisão dos acionistas da Telemar de rejeitar a proposta de reestruturação societária.

Com a medida, as ações da empresa registraram queda acentuada. As ordinárias (TNLP3) despencaram 21,5%, cotadas a R$ 57,80. Já as preferenciais (TNLP4) recuaram 5,37%, cotadas a R$ 31,70. O giro financeiro, na Bovespa, atingiu R$ 3,327 bilhões. Na semana, o Ibovespa teve alta de 1,44%.

RISCO

O risco-país, indicador que mede o grau de desconfiança do investidor estrangeiro na economia brasileira, fechou em queda de 0,99% nesta sexta-feira para os 201 pontos, atingindo novo patamar mínimo histórico.

Na semana, a queda foi de 6,51%. Ou seja, nunca os investidores estrangeiros estiveram tão confiantes na capacidade de o país honrar suas dívidas.

O dólar encerrou praticamente estável, com os investidores diminuindo aos poucos o ritmo dos negócios antes das festas de fim de ano. A divisa americana fechou vendida a R$ 2,1470, com leve baixa de 0,05%. Na semana, o dólar acumulou ganho de 0,33%.

DESTAQUES

Além das ações ordinárias da Telemar, que lideraram as maiores baixas do pregão do Ibovespa, foram destaque os papéis da Brasil Telecom (BRTP3), com queda de 16,77%, cotados a R$ 32. Em terceiro lugar, ficaram as preferenciais da Telemar.

Já entre as maiores altas, os destaques foram Pão de Açúcar PN, com alta de 6,28% (R$ 73,55); Perdigão ON, com 5,52% (R$ 29,81); e Sadia PN, com 4,02% (R$ 7,49).

JUROS

A perspectiva de afrouxamento monetário nos Estados Unidos ainda no primeiro trimestre de 2007, reforçada nesta sexta-feira por dados de inflação, aumentou a confiança do mercado em nova onda de ingresso de dólares no país e os juros domésticos caíram.

A elevada probabilidade de o real seguir valorizado frente ao dólar e seu efeito sobre a inflação doméstica alimentaram a trajetória declinante dos juros futuros.

O DI fevereiro de 2007, que embute a próxima Selic, permaneceu em 13,08%, sinalizando corte de 0,25 ponto percentual.

O DI janeiro de 2008 caiu a 12,46%; o DI janeiro de 2009, a 12,43%; e o DI janeiro de 2010, a 12,49% ao ano.

PETRÓLEO

O preço do petróleo fechou em alta, nesta sexta-feira, atingindo o maior nível em duas semanas e após o anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de reduzir, a partir de 1º de fevereiro de 2007, a produção da commodity.

Em Londres, a cotação do tipo Brent fechou a US$ 62,65 no pregão desta sexta-feira, com leve alta de 0,13% em relação ao dia anterior.

Em Nova York, o contrato com vencimento em janeiro de 2007, com maior liquidez, fechou cotado a US$ 63,32 por barril, com alta de 1,30%.

WALL STREET

As bolsas americanas encerraram o dia em alta. O índice Dow Jones subiu 0,23%, a 12.445,50 pontos; enquanto o Nasdaq avançou 0,14%, a 2.457,20 pontos; e o Standard & Poor's ganhou 0,11%, a 1.427,09 pontos.

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