O Ministério Público (MP) identificou 14 servidores de carreira suspeitos de participar do esquema que usava dedos de silicone para fraudar o relógio ponto da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). A lista dos envolvidos foi encaminhada à superintendência da Appa pelo promotor Leonardo Dumke Busatto, para que sejam tomadas providências administrativas. Quase seis meses depois do episódio, os servidores continuam trabalhando.
Em fevereiro deste ano, uma ação do Ministério Público e da Polícia Federal apreendeu 25 moldes com impressão digital de servidores e uma moldeira, utilizada para fazer novos dedos falsos. Documentos internos da Appa revelam que um servidor tem registros de presença no trabalho nas mesmas datas em que estaria internado em um dos leitos da UTI do Hospital Paranaguá. O nome dele, porém, não está na relação do MP.
Os funcionários envolvidos no caso podem responder por improbidade administrativa, peculato e formação de quadrilha, crimes com penas de quatro a 20 anos de prisão. No âmbito administrativo, os servidores podem até ser exonerados.
Segundo a Appa, uma comissão de sindicância já ouviu testemunhas de acusação e agora vai ouvir as arroladas pela defesa. Em seguida, os servidores suspeitos prestarão depoimento.
