O investimento estrangeiro direto na China aumentou pelo quinto mês consecutivo na comparação anual em dezembro, para US$ 12,1 bilhões, um volume 103% superior ao de igual mês do ano anterior.
O total em 2009 foi de US$ 90,03 bilhões, 2,6% menor que o montante de 2008. As bases de comparação fracas foram o principal fator por trás da expansão do investimento estrangeiro direto nos últimos meses. Em novembro, o IED havia ficado em US$ 7,02 bilhões.
Tendo coincidido com uma recuperação surpreendentemente firme das exportações em dezembro, os dados de IED mostram que o motor externo da economia chinesa está começando a se acelerar, ajudando a consolidar a recuperação que até alguns meses atrás havia sido liderada pela demanda interna. A entrada de mais fundos na China, no entanto, deverá acrescentar pressão para que o banco central do país enxugue liquidez do sistema financeiro. Na última terça-feira, o compulsório bancário foi elevado em 0,5 ponto porcentual, para 16%.
"Um aperto monetário é necessário logo", afirma um estudo conduzido pelo Banco de Desenvolvimento da Ásia. "Os maiores riscos que a China enfrenta agora relacionam-se com as consequências não intencionais de ações de política bem-sucedidas. As expectativas inflacionárias poderão aumentar e as distorções na economia poderão se intensificar", diz o estudo.