O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,46% em agosto, ante elevação de 0,14% em julho, em meio a preços mais altos tanto no atacado quanto no varejo.
De acordo com os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, em 12 meses, o índice acumula alta de 3,98%, ante 4,84% nos 12 meses até julho.
O resultado ficou acima da estimativa mais alta, de 0,38%, em pesquisa da Reuters com 22 economistas. A mediana era de uma alta de 0,27%.
Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) subiu 0,58%, após alta de 0,20% em julho. O índice calcula as variações de preços de bens agropecuários e industriais nas transações em nível de produtor e responde por 60% do IGP-DI.
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), registrou alta de 0,20%, ante deflação de 0,17% no mês anterior. O índice mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 30 salários mínimos mensais e corresponde a 30% do IGP-DI.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) avançou 0,31% em agosto, após alta de 0,48% em julho. O índice representa 10% do IGP-DI.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
A principal preocupação atualmente em relação à inflação é o impacto da recente valorização do dólar sobre os preços. Isso levou o BC a adotar um programa de leilões cambiais diários para impedir uma maior turbulência nesse mercado.
Na ata da reunião em que elevou a Selic para 9%, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mostrou estar atento à alta do dólar e afirmou que a política monetária deve ser usada para conter os efeitos desse movimento sobre os preços.