O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) encerrou o mês de outubro com variação positiva de 1,05%, uma pequena queda perante a taxa de 1,29% apurada em setembro, de acordo com os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

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Essa desaceleração do IGP-M em outubro foi resultado do menor ritmo de inflação nos preços do atacado, pois tanto o índice do varejo quanto o da construção civil apresentaram taxas maiores neste mês. De qualquer forma, os preços no atacado, principalmente alimentos, continuaram a exercer a maior pressão.

O IGP-M, usado na correção de tarifas de energia, contratos de prestação de serviços e de boa parte dos aluguéis, soma 5,16% de elevação no acumulado do ano e tem expansão de 6,29% nos últimos 12 meses.

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Embora o indicador tenha recuado em outubro, em relação ao mês anterior, sua alta ainda está além das expectativas. De acordo com a mais recente pesquisa Focus, elaborada pelo Banco Central (BC) junto a cem instituições financeiras, os analistas esperavam um incremento de 0,80% no índice de outubro.

Alimentos in natura puxam preços ao atacado

Neste mês, o Índice de Preços ao Atacado (IPA), que representa 60% do índice geral, subiu 1,42%, variação menor do que a de 1,83% de setembro. Os produtos agrícolas aumentaram 4,57% frente aos 5,57% do mês anterior. Os produtos industriais saíram de uma elevação de 0,59% para 0,32%.

Dos três estágios de produção compreendidos pelo IPA, os Bens Finais viram a variação de preços se acelerar de setembro para outubro, de 0,57% para 0,80%, puxado pelos alimentos in natura. Os estágios de produção anteriores, porém, começaram a apresentar moderação. A taxa dos Bens Intermediários foi de 0,54% para 0,45% nessa comparação, favorecida pela deflação de 0,16% nos combustíveis e lubrificantes. As Matérias-Primas Brutas, por sua vez, tiveram alta de 3,89% em outubro, bem abaixo dos 5,85% de setembro.

Frutas tiveram alta de 9,73%, segundo o IPC

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No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do indicador, subiu 0,28% em outubro, pouco mais do que o avanço de 0,21 visto em setembro. O grupo Alimentação exerceu a maior pressão, ao ver o ritmo de alta de preços ir de 0,11% em setembro para 0,64% em outubro. Os alimentos frescos foram os responsáveis pela aceleração, com saltos de 2,21% em hortaliças e legumes e de 9,73% no preço das frutas.

O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), representativo de 10% do IGP-M, apresentou inflação de 0,49% em setembro, pouco superior à do mês passado, de 0,39%. Materiais e serviços subiram 0,88% e o custo da Mão-de-Obra ampliou-se somente 0,05%.