Loja da Ikea em Dublin, na Europa. Marca pretende vender no Brasil em breve| Foto: Informatique

Planos

Empresa sueca também investe em outros emergentes

Recentemente a Ikea deu pistas concretas de que pretende abrir lojas no Brasil. A empresa declarou que considera o país um "potencial mercado futuro" e que fará estudos preliminares sobre a possibilidade. Experiências bem-sucedidas em países como China e Rússia animaram a empresa sueca a investir no mercado brasileiro. A Ikea pretende também abrir lojas na Índia – em maio deste ano o grupo recebeu autorização do governo.

O gerente comercial de compras da América Latina, Michal Silhacek, não comenta a chegada das lojas por aqui, mas arquitetos e outros profissionais do setor dão como certa a vinda da marca para cá. Os produtos vão concorrer diretamente com os da Tok&Stok e da Etna, que comercializam peças com design e preços acessíveis à classe média.

Fundada em 1947 por Ingvar Kamprad, a companhia tem 338 lojas em 40 países. São mais de 9 milhões de metros quadrados em lojas e 154 mil funcionários pelo mundo.

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Maior empresa de móveis do mundo, a sueca Ikea está atrás de novos fornecedores no Brasil, enquanto prepara sua entrada no mercado nacional. A marca procura parceiros nas áreas de mobiliário de pinus, eucalipto, aço em carbono e têxtil. Em 2014, o investimento na compra de produtos no país será de R$ 140 milhões.

Desde 2009 a companhia tem escritório em Curitiba – até agora, o único no Brasil. A equipe de 20 funcionários, encarregada de buscar oportunidades de negócio, fechou contrato com quatro fornecedores de Santa Catarina e um do Rio Grande do Sul. Todos são fabricantes de móveis em pinus e eucalipto. Segundo o gerente de compras da América Latina, Michal Silhacek, a estimativa é que até o fim de 2013 as compras cheguem a R$ 122 milhões.

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Entre os produtos brasileiros comprados pela empresa estão camas, cômodas, estantes e suportes para televisão. "Adquirimos somente mobiliário pronto para o consumidor final", conta Silhacek. Os móveis, que vão para os Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia, chegam às lojas da Ikea com o selo "made in Brazil".

Sustentabilidade

Silhacek explica que a empresa decidiu comprar no país pela qualidade das peças. "O pinus brasileiro tem bom preço e o mercado local tem experiência na produção de móveis de madeira de qualidade". A escolha dos fornecedores, segundo ele, segue a regra da Ikea em outras partes do mundo: "Com base em pesquisa e indicações", afirma o executivo.

Há outros critérios, des­­critos no Iway (Ikea Way of Purchasing Home Furnishing Products) – códi­­go de conduta da empresa – também levados em consideração. "Os fornecedores precisam ter produto de qualidade, capacidade de entrega com alto nível de segurança e, principalmente, cumprir nossas exigências de sustentabilidade", fala Silhacek.

Um dos fornecedores da Ikea é a Ponzoni. O contrato com a companhia, localizada no município de Nova Prata (RS), foi fechado em 2009. "Um representante veio da Suécia e iniciou a negociação", diz o gerente comercial, Josue Grosselli. A Ponzoni fornece 18 itens para a empresa sueca, como camas, cômodas e estantes.

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Design sueco

O design dos móveis geralmente é feito pelos profissionais da Ikea. "Eles mandam o projeto e a gente faz conforme o pedido", conta Orli Katzer, diretor comercial da Móveis Katzer, de São Bento do Sul (SC). Mas propostas dos fornecedores não são descartadas. Na Ponzoni, por exemplo, o trabalho é feito em parceria. "Quando surgem ideias para uma nova peça nós trabalhamos juntos", conta Grosselli.

As outras fornecedoras da Ikea são ArteFama Móveis, também de São Bento do Sul, a Móveis 3 Irmãos, de Fragoso (SC), e a Temasa, de Caçador (SC).