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Construção

Imóveis na RMC não seguem alta da capital

Confira o perfil dos empreendimentos em imóveis em Curitiba e Região Metropolitana |
Confira o perfil dos empreendimentos em imóveis em Curitiba e Região Metropolitana (Foto: )

O recente boom imobiliário de Curitiba aumentou a distância dos preços em relação às cidades vizinhas. Quem mora na capital paga em média 20% mais por um imóvel novo do que na região metropolitana (RMC), segundo levantamento inédito realizado pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR). Nos apartamentos de dois e três dormitórios, a diferença passa de 30%.

Graças a uma série de fatores, como preço dos terrenos, infraestrutura e investimentos, os imóveis em Curitiba sempre foram mais caros do que aqueles encontrados na RMC. O que ocorre agora é que essa diferença está ficando maior. Em média, quem compra um imóvel novo na capital paga R$ 2,3 mil pelo metro quadrado de área total, contra R$ 1,9 mil na RMC. Mas há casos em que a diferença é ainda maior. Um apartamento de três quartos na RMC custa em média R$ 205 mil. Em Curitiba é possível encontrar imóveis de três quartos de alto padrão no valor de R$ 405 mil.

O mercado de lançamentos de imóveis verticais da RMC ainda é pequeno – equivale a 10% do da capital. A pesquisa levou em conta a oferta de 17.680 unidades em Curitiba e de 1.794 lançamentos e unidades em construção nos municípios de Araucária, Campo Largo, Colombo, Pinhais e São José dos Pinhais, de dezembro do ano passado a fevereiro de 2010.

Segundo o presidente da Ademi, Gustavo Selig, o mercado da RMC vem se desenvolvendo a uma velocidade menor do que Curitiba. O boom de construção que se vê na capital não se repete nos municípios vizinhos. "Acredito que esse fenômeno deve ocorrer dentro de três anos. Os imóveis na capital vêm se valorizando de 18% a 20% ao ano, na RMC o ritmo está em 12%, 15%", afirma.

Algumas construtoras, como a MRV e a FMM Engenharia vêm atuando em algumas cidades da RMC. A expectativa é que o mercado dessas cidades se desenvolva também por meio do Minha Casa, Minha Vida 2, programa de habitação popular que prevê a construção de 2 milhões de unidades – além das 1 milhão previstas na primeira fase - em todo o país.

De acordo com Selig, ainda existe uma diferença grande de padrão de construção entre as cidades, o que também ajuda a explicar a diferença de preços. Apesar disso, ainda não há um movimento de migração de moradores para a RMC em busca de oportunidades mais baratas. O que vem se tornando comum é os próprios moradores das cidades trocarem casas por apartamentos.

Ao cruzar dados da capital e da RMC, a Ademi também detectou uma diferença no perfil dos imóveis. Nas cidades vizinhas, 60% dos lançamentos têm três quartos. Em Curitiba, essa participação é bem menor, de 18%. Mas os apartamentos são menores. Um imóvel de três quartos tem em média 84 metros quadrados de área privativa e 117 de área total, equivalente a um apartamento com dois dormitórios na capital. Os apartamentos com três dormitórios em Curitiba têm, em geral, 107 metros quadrados de área privativa e 176 metros de área total.

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