Balanço
Primeiro dia teve mais de R$ 400 milhões em negócios
Pedro Brodbeck
Até as 17 horas de ontem, 5 mil pessoas já tinham passado pelo centro de exposições Marumby Expo Center, onde é realizado o Feirão da Caixa. No fim do primeiro dia do evento, foram movimentados R$ 408,7 milhões em 2.526 contratos assinados ou encaminhados, segundo balanço divulgado pela Caixa.
Glauciane e Anderson Pizzaia estão pesquisando imóveis há um bom tempo e foram ao evento para ver se conseguiam boas condições na simulação. O casal, que mora com os pais de Glauciane, encontrou prestações mais atraentes no feirão, mas ainda acha que o valor da entrada é um empecilho para adquirir o imóvel.
"Talvez seja melhor esperar mais um ano para assumir um contrato com menores prestações", explica Glauciane. Eles acham que outro fator que complica a compra imediata da casa própria é a exigência de que o apartamento seja na região do Portão.
O auxiliar de produção Ozeias Costa e sua esposa, Elizandra Beju, estavam pesquisando casas há três meses e ontem fecharam negócio. A casa, de 40 metros quadrados, saiu R$ 15 mil mais em conta do que nas projeções feitas antes da feira. "Conseguimos concretizar um negócio dentro da nossa realidade", comemora Ozeias. Se nas simulações anteriores o casal não encontrava imóveis por menos de R$ 115 mil, no evento eles tiveram uma proposta de R$ 99 mil.
Ederson Serion vê no feirão uma boa oportunidade de pesquisar boas condições e negociar parcelas e uma entrada mais em conta. Ele e sua mulher, Andreia Serion, buscam um imóvel de 70 metros quadrados na região do Pinheirinho. "Viemos aqui para fazer a simulação e, a partir disso, ter a real noção do que é viável assumir", explica.
Os comerciantes Pietro Garcia e Juliana Alves se decepcionaram com as opções, principalmente com as condições do Minha Casa, Minha Vida. "Ainda não estão muito acessíveis. Não é todo mundo que tem R$ 50 mil para dar de entrada", afirma Julaina, admitindo deixar o sonho da casa própria para o ano que vem.
A procura por imóveis do segmento econômico dominou o primeiro dia do Feirão da Caixa, no Marumby Expo Center. A oferta para esses empreendimentos, que se encaixam no Programa Minha Casa, Minha Vida, está concentrada nos bairros da região Sul de Curitiba e na região metropolitana, nos municípios de Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Araucária, Piraquara e Fazenda Rio Grande, confirmando a tendência de expansão para essas regiões.
Com a consolidação dos empreendimentos e lançamentos de 2011, as pessoas interessadas em adquirir um imóvel ou em apenas pesquisar e fazer simulações vão encontrar uma variedade maior de opções e preços nesta edição do Feirão. Os preços variam de R$ 80 mil a R$ 3 milhões.
Para Jamil Zacharias Gonzaga, gerente comercial da Imobiliária Thá, os imóveis de até R$ 150 mil são os chamarizes do Feirão e devem liderar o volume total de vendas, porém há muita opção para quem está disposto a pagar mais. "Nós temos empreendimentos do segmento econômico em São José dos Pinhais, Santa Cândida e Tatuquara com preço médio de R$ 120 mil, mas também estamos com unidades a partir de R$ 169 mil na Cidade Industrial", afirma.
É consenso entre os corretores que domingo deve ser o dia com o maior número de vendas. "Na sexta-feira as pessoas vêm para pesquisar opções e preços, agendam a visita ao imóvel para o sábado e, se gostarem da unidade e do preço, retornam no domingo para fechar negócio", afirma Adriano Bueno da Silva, da Imobiliária Hartmam.
O grande trunfo das construtoras e imobiliárias para convencer compradores indecisos são os juros reduzidos e a ampla oferta de imóveis disponíveis no mercado. "As pessoas sabem que a compra da casa própria nunca esteve tão fácil. A tarefa difícil é escolher o imóvel", afirma Thiago Spézia, gerente comercial da Dória, que trabalha sobretudo com imóveis para o Minha Casa, Minha Vida.
O casal de militares Fabiano Santana, 27, e Fabiana Mendes da Silva, 26, aproveitaram a tarde livre no trabalho para pesquisar opções e preços de imóveis. No estande da Dória eles simulavam a compra de um apartamento no Sítio Cercado, no valor de R$ 150 mil, com entrada de 10% e financiamento do restante pelo programa do governo federal. "Ainda não conhecemos o bairro onde está localizado o apartamento, mas não pretendemos fechar negócio no Feirão, então, teremos tempo para avaliar melhor", explica ele.
Na MRV, líder do segmento econômico, cada venda efetuada era anunciada com uma buzina. A vendedora Jane Katie Schick comemorava a primeira venda do dia para sua equipe e a sexta no saldo total da construtora. "Acabei de vender um apartamento em São José dos Pinhais, no valor de R$ 110 mil", contou. A unidade foi adquirida na planta por um casal que já conhecia os empreendimentos da MRV e foi até o feirão para fechar o negócio. A entrega está prevista para o segundo semestre de 2014.
De olho num público seleto, disposto a desembolsar mais por um imóvel maior e com boa localização, a construtora Terasse está participando do Feirão pela primeira vez. Segundo o corretor Hélio Makishi, em média 80% do público está em busca de imóveis até R$ 200 mil. "Trabalhamos com imóveis a partir de R$ 240 mil até R$ 1,3 milhão. Apesar do público para este segmento ser menor em média 20% , ele existe e estamos aqui para atendê-lo", afirmou otimista.
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