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O impasse entre a Grécia e seus parceiros da zona do euro se acirrou ontem, com o primeiro-ministro esquerdista Alexis Tsipras insistindo que seu país não estenderá o programa de resgate atrelado a reformas e a Alemanha afirmando que Atenas não receberá mais dinheiro sem esse programa.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, alertou os gregos de que não devem esperar que a zona do euro se curve às demandas de Tsipras em um crescente confronto que assustou os mercados financeiros e provocou pedidos dos EUA e do Canadá para que as partes tenham calma e encontrem uma solução conciliatória.

Intensificando a retórica, o ministro das Finanças da Grécia disse que a zona do euro poderia entrar em colapso "como um castelo de cartas" se Atenas for forçada a deixar o bloco monetário. Uma autoridade de finanças da Grécia disse não acreditar que Juncker, a chanceler alemã, Angela Merkel, ou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, vão deixar a Grécia quebrar.

Tsipras apresentou no domingo planos para desmontar o "cruel" programa de austeridade da Grécia, descartou a extensão do resgate internacional de 240 bilhões de euros, que vence no fim deste mês, e prometeu buscar reparações da Alemanha pela Segunda Guerra Mundial.

Seu discurso ao parlamento assustou os mercados financeiros europeus, derrubando as ações de bancos gregos a perto das mínimas históricas e impulsionando os rendimentos dos títulos soberanos gregos.

Um funcionário graduado do Ministério de Finanças em Atenas disse que reestruturar a dívida e reduzir sua meta de superávit orçamentário fiscal estarão entre os itens de que o país não abrirá mão durante as negociações com a União Europeia.

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