A disputa entre pneus novos e reformados envolve uma fatia de quase 20% do mercado nacional. O consumo brasileiro foi de 56 milhões de unidades no ano passado, com importação de 10,4 milhões de unidades usadas. Pelo menos 1,5 milhão dos pneus já rodados que entraram no Brasil foram vendidos como "meia-vida", sem qualquer processo industrial.

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Para os grandes fabricantes, a competição com os importados reduz o mercado de novos. O principal problema é que o custo baixo das unidades trazidas de fora permite que os remoldados sejam vendidos por preços até 40% inferiores aos de modelos novos. "Não queremos acabar com a reforma. Ela pode ser feita com os pneus usados nacionais, com o custo que isso implica", diz Vilien Soares, diretor da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).

Os reformadores tentam manter uma fatia de mercado conquistada com o preço baixo. De acordo com Francisco Simeão, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Pneus Remoldados (Abip), existe um limite comum a todos os mercados para a expansão da venda de remoldados – que não seria alcançado se as empresas dependessem apenas da matéria-prima nacional. No ano passado, foram vendidas 5 milhões de unidades remoldadas. "As vendas vão chegar a 6 milhões nos próximos anos e depois crescerão no mesmo ritmo dos novos", explica Simeão. (GO)

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