Brasília A queda do dólar, combinada com um crescimento mais intenso da economia brasileira, provocou um aumento de 22% nas importações feitas pelo país entre janeiro e maio deste ano. Nesse período, as compras de produtos estrangeiros somaram US$ 34,002 bilhões, contra US$ 27,850 bilhões registrados nos primeiros cinco meses do ano passado.
"O Brasil está crescendo, as importações estão muito baixas em relação ao que se poderia estar importando, e a taxa de câmbio está muito atrativa", disse o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat.
Embora tenha uma participação pequena no total de importações, as encomendas de bens de consumo são as que mais crescem: também entre janeiro e maio, elas atingiram US$ 975 milhões, crescimento de 42,9%. Só no mês passado, a compra de automóveis, por exemplo, totalizou US$ 141 milhões, 169% a mais do que o valor apurado em maio de 2005.
Para Meziat, porém, a maior procura por bens de consumo importados tem pouca relevância devido ao pequeno peso sobre o total de importações US$ 7,247 bilhões em maio.
O secretário afirmou ainda que o aumento das encomendas de mercadorias estrangeiras é positivo pois indica que as empresas instaladas no país estão comprando máquinas e equipamentos para modernizar sua produção. "As importações estão crescendo como esperávamos e desejávamos."
Mesmo assim, Meziat disse que, caso julgue necessário, o governo poderá adotar medidas para frear o aumento das importações. "Se isso for um problema, existem mecanismos para neutralizar esse problema", afirmou, citando a possibilidade de aumento nas tarifas de importação de mercadorias que possam estar prejudicando produtores nacionais.