O varejo de eletrodomésticos "ganhou" um crescimento de vendas equivalente a uma vez e meia um Dia das Mães, a melhor data do comércio depois do Natal, por causa da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Grandes revendas de eletrodomésticos ampliaram, em média, em até 35% as quantidades vendidas de geladeiras, fogões e máquinas de lavar entre maio e outubro deste ano na comparação com o mesmo período de 2008.
No início da isenção, que começou em abril, pesquisas apontaram que as redes de lojas especializadas repassaram, em média, apenas a metade do benefício para os preços ao consumidor. Isso foi possível porque a dispersão dos preços dos eletrodomésticos antes do corte do IPI era muito grande, chegava a 70%. Essa grande diferença de preço de um produto em lojas diferentes impediu o maior controle do repasse.
Mas, com o acirramento da concorrência e a grande agressividade dos hipermercados no segmento de eletrodomésticos, os preços de mercado foram forçados para baixo. Com isso, os varejistas especializados tiveram de repassar integralmente o benefício sob o risco de perder o cliente para o concorrente.
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