Eduardo Ribeiro, presidente do Novo, considera retomada do imposto um “retrocesso”.| Foto: divulgação/Novo
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O presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, disse nesta segunda-feira (21) que a retomada da cobrança do imposto sindical pretendida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será um retrocesso da reforma trabalhista realizada em 2017.

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A afirmação foi dada horas depois da minuta do projeto a ser enviado para o Congresso ser vazado à imprensa. A nova cobrança será três vezes e meia maior do que a anterior, que foi extinta na reforma trabalhista, e deve ser sugerida aos parlamentares até o final do mês.

“O retorno do imposto sindical é uma piada de mau gosto e uma ofensa aos trabalhadores. É inacreditável como isso ainda está sendo discutido em 2023”, afirmou.

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Desde a implementação da reforma trabalhista em 2017, a contribuição sindical passou a ser opcional, substituindo o antigo imposto sindical que descontava um dia de serviço do trabalhador anualmente em favor do respectivo sindicato. “Um grande absurdo. O PT é uma geleia de anacronismos e falta de vergonha na cara”, concluiu o presidente do Novo.

O ministro Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego, disse que a proposta ainda não chegou à Casa Civil, mas que conta com o apoio de Lula – que também sempre defendeu as forças sindicais e já expressou publicamente o apoio a um novo modelo de "contribuição".

Um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística (Dieese) aponta que a arrecadação dos sindicatos teve uma queda de 98% desde 2017, passando de R$ 3,6 bilhões para R$ 68 milhões em 2023.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]