O Impostômetro, painel eletrônico instalado no centro de São Paulo, registrou nesta terça-feira (13) a marca de R$ 1 trilhão de impostos pagos pelos brasileiros desde o início de 2011. Este é o quarto ano consecutivo que o Impostômetro atinge a marca de R$ 1 trilhão. A primeira vez foi em 2008.
A cada ano, no entanto, o montante chega mais cedo. Em 2010, por exemplo, o R$ 1 trilhão foi marcado no dia 18 de outubro - 35 dias depois do que neste ano. Em 2009, o valor foi alcançado em 6 de dezembro. E, em 2008, no dia 13 de dezembro.
"A arrecadação está crescendo mais que o País", afirmou Rogério Amato, presidente da Federação das Associações Comerciais e da Associação Comercial de São Paulo. Além do crescimento natural da arrecadação, diz Amato, outro motivo para que a marca de R$ 1 trilhão chegue cada vez mais cedo é a cobrança de imposto sobre imposto.
"O que é um grande problema", comentou. "É como uma bitributação", disse, explicando que, para advogados, a expressão usada é outra, mas que para o cidadão entender bitributação é uma boa palavra. O excesso de impostos prejudica diretamente os setores produtivos do País. "Perdemos competitividade. E muita." Ao cidadão comum os impostos tiram o poder de compra. "Queremos despertar a consciência de que todos são pagadores de impostos e, por isso, têm o direito de exigir do Estado a contrapartida em serviços públicos de qualidade", afirmou.
Para dar voz ao cidadão comum, a associação inaugurou um espaço online (www.horadeagir.com.br) no qual os internautas podem deixar os seus comentários e críticas sobre a volumosa quantidade de impostos cobrados.