A carga tributária e a falta de trabalhadores qualificados são os principais obstáculos para ampliação de contratações, de acordo com um levantamento que ouviu executivos brasileiros das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A pesquisa, feita pela empresa de recrutamento Page Personnel, foi realizada em dezembro de 2012 e janeiro de 2013. Contou com 850 respondentes, entre eles analistas, coordenadores, gerentes, diretores e presidentes-executivos de diversas empresas e setores.
As três maiores queixas apontadas no Sudeste e no Sul foram os encargos tributários (66,5% no Sudeste e 58,6% no Sul), a falta de mão de obra qualificada (41,1% e 53,4%) e a baixa produtividade dos trabalhadores (24,4% e 27,6%). Já no Nordeste, a falta de mão de obra qualificada é o principal entrave ao crescimento (66,7%), seguido de baixa produtividade (45,8%) e impostos (41,7%).
Entre as principais deficiências técnicas e comportamentais apresentadas pelos profissionais, 70,8% dos gestores consultados no Nordeste indicaram a falta de conhecimento técnico, 37,5% citaram a ausência de proatividade e 33,3% apontaram a falta de comunicação e a postura de trabalho como as maiores carências.
No Sudeste, foram listadas as ausências de conhecimento técnico (48,3%), proatividade (42,6%) e visão estratégica (37,8%). No Sul, as principais deficiências identificadas pelos representantes das indústrias foram as deficiências de conhecimento técnico (43,1%), visão estratégica (37,9%), proatividade e domínio de um segundo idioma (31%).
"Apesar dos obstáculos ao crescimento, ainda há espaço para novas contratações. Muitas empresas têm se queixado constantemente da falta de mão de obra adequada no Brasil. Há uma dissonância entre o que o mercado espera tecnicamente desses trabalhadores e o que a grande maioria deles tem a oferecer", explica Gil Van Delft, diretor geral da Page Personnel.Em todas as regiões pesquisadas, a maioria dos executivos mostrou-se otimista em relação à expansão das operações e ao aumento do quadro de funcionários.
Já os profissionais, ao falar dos problemas que encontram ao procurar emprego, indicaram os baixos salários e falta de plano de carreira como os maiores estorvos.
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