Às 13h30 de ontem o Impostômetro, painel que registra em tempo real a arrecadação de tributos municipais, estaduais e federais, atingiu a cifra histórica de R$ 1 trilhão. Curiosamente, minutos antes de atingir a cifra, uma pane no sistema, que em Curitiba é mantido pela Associação Comercial do Paraná (ACP), travou o marcador na cifra dos R$ 991 bilhões. Quando a questão técnica foi resolvida, o painel regressou para os R$ 100 bilhões. E, desta vez, o problema foi um pouco mais simbólico: o mostrador possui apenas 12 dígitos, o que é insuficiente para registrar a marca de R$ 1.000.000.000.000, composta de 13 numerais. Para não passar pela mesma situação, o painel da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) teve de ser trocado por outro maior, capaz de abrigar do trilhão aos centavos.
A projeção do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), desenvolvedor do Impostômetro, era de que a marca só seria atingida na virada do ano. Mas, mesmo com o fim da CPMF, a data foi antecipada em duas semanas.
Até ontem, cada brasileiro pagou R$ 5.319,27 somente em tributos. No estado do Paraná, a arrecadação até agora ultrapassa os R$ 12,8 bilhões e em Curitiba o valor é superior aos R$ 3,4 bilhões. No mesmo período do ano passado entre 1º de janeiro e 15 de dezembro de 2007 , o Impostômetro marcava R$ 878 bilhões e em todo o ano atingiu o montante de R$ 921 bilhões.
A previsão é de que no dia 31 de dezembro o painel atinja R$ 1,176 trilhão. Em 2006, o volume arrecadado com impostos foi de R$ 812,7 bilhões, e em 2005, ano da inauguração do painel, R$ 731,8 bilhões.
Para efeito de comparação, com o valor dos impostos arrecadados até ontem, o Brasil poderia construir mais de 83 milhões de salas de aula ou 21 milhões de postos policiais equipados; ou ainda, pagar a conta de luz de todos os brasileiros nos próximos 12 anos.