O bom desempenho da economia já começou a impulsionar as importações. A tendência é que novas empresas busquem adquirir insumos, produtos acabados e máquinas no mercado externo em 2010. "Estamos retomando o padrão de importações do pré-crise", disse o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale.

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Em janeiro, as importações cresceram 16,8% em relação a janeiro de 2009. O ritmo das compras externas foi melhorando ao longo dos meses na comparação com igual período do ano anterior. Em outubro, as importações caíam 22,2%. Em novembro, a redução foi de 8,2%. Em dezembro, uma alta de 6,8%. A balança comercial de fevereiro será divulgada hoje.

A recuperação das importações está sendo impulsionada pelas compras de bens intermediários. Entre setembro de 2009 e janeiro, as empresas brasileiras importaram 9,5% mais insumos, apontam dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), calculados sem influências sazonais pela LCA Consultores. Só em janeiro, comparado com dezembro, as importações de insumos subiram 3,2%.

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O ritmo de crescimento das importações de matéria-primas chega a ser superior ao da produção industrial. A estimativa da LCA é que a produção da indústria avançou 3,1% entre setembro e janeiro. Os dados de janeiro ainda não foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Está ocorrendo uma substituição de insumos nacionais por im­­portados", disse o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Bor­­ges. O principal estímulo da troca de fornecedores nacionais por im­­por­­tados é o câmbio. Mesmo os ex­­­por­­tadores procuram importar mais para manter sua competitividade – uma espécie de hedge natural.

Substituição

No setor de bens de consumo duráveis, a substituição de produtos nacionais por importados é mais visível. Entre setembro e janeiro, a importação desses itens cresceu expressivos 30,2%, enquanto a produção caiu 1,1%. A retirada dos benefícios fiscais concedidos pelo governo para combater a crise impactaram a produção local.

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