A inadimplência das empresas subiu 4,4% em outubro ante setembro, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (25), pela Serasa Experian.
Na comparação com outubro do ano passado foi registrada exatamente a mesma variação: +4,4%. No acumulado dos dez primeiros meses deste ano o indicador tem alta de 7,1%.
De acordo com os economistas da Serasa, a alta da inadimplência das empresas decorre dos impactos adversos do binômio estagnação econômica/custo do crédito em ascensão.
"Se por um lado o enfraquecimento da atividade econômica prejudica a geração de caixa das empresas, por outro, o encarecimento do custo do crédito aumenta as suas despesas financeiras", diz o texto.
Os cheques sem fundos foram os principais responsáveis pela alta da inadimplência em outubro, com variação de +22,9% sobre setembro e contribuição de 3,3 pontos porcentuais para o índice geral. Os títulos protestados tiveram crescimento de 3,3% e contribuição de 0,8 pp.
A inadimplência com os bancos aumentou 1,4% e contribuiu com 0,3 pp. Já as dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) apresentaram ligeira queda, de 0,1%, e não tiveram contribuição no índice de outubro.
O valor médio dos títulos protestados teve alta de 11,9% no acumulado de janeiro a outubro de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor médio das dívidas não bancárias também cresceu, +6,7%. Já os valores dos cheques sem fundos e inadimplência com os bancos registraram queda de 5,1% e 5,8%, respectivamente.
O indicador de inadimplência da Serasa considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas com instituições bancárias e não bancárias, em todo o Brasil.
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