A inadimplência do consumidor brasileiro cresceu 6,3% em 2010, na comparação com o ano anterior, segundo indicador da Serasa Experian divulgado nesta terça-feira (11). O aumento, de acordo com a pesquisa, foi maior que o de 2009, em relação a 2008. No período, foi registrado avanço de 5,9%.
Na comparação de dezembro de 2010 com o mesmo período do ano passado, o aumento da inadimplência foi de 20,9%. Em relação ao mês anterior, a alta foi de 1,1%.
Os economistas da Serasa atribuem esse crescimento da falta de pagamentos ao maior endividamento dos consumidores, que subiu acima da expansão da renda pessoal; aos prazos mais longos de financiamento e aos estímulos ao consumo. "Além disso, o aumento da inflação contribuiu para reduzir o poder aquisitivo, afetando a parte da renda destinada ao pagamento de dívidas", disse a Serasa, por meio de nota.
Tipos de dívida
Na comparação mensal, dezembro sobre novembro, as dívidas relativas a cartões de crédito, financeiras e serviços tiveram crescimento de 2,4%. Os cheques sem fundos cresceram 3,5% no mês, e os protestos cresceram 5,5%. Já as dívidas bancárias não honradas caíram 0,6%.Valor das dívidas
No ano passado, o valor médio das dívidas não bancárias foi de R$ 390,24, aumento de 4% sobre 2009. Já o valor médio das dívidas com bancos em 2010 foi de R$ 1.311,97, queda de 3% em relação ao ano passado.
Quanto aos títulos protestados, foi registrada alta de 6,8% em relação a 2009, para R$ 1.183,09. O valor médio dos cheques sem fundos foi de R$ 1.254,44, aumento de 22,9% sobre 2009.
Perspectivas
De acordo com a Serasa, o aumento do crescimento anual do indicador de inadimplência é "um sinal de que a taxa inadimplência das pessoas físicas dentro do sistema bancário poderá sofrer alguma correção para cima, embora pequena, em 2011".
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast