A inadimplência do consumidor no primeiro semestre deste ano teve o maior aumento em nove anos, de 22,3%, na comparação com o mesmo período de 2010, aponta nesta segunda-feira (11) a Serasa Experian, por meio do indicador de inadimplência do consumidor.
Foi registrado também o maior crescimento nas comparações mensal e anual. Em junho, o índice perdeu o fôlego e registrou alta de 7,9%, na comparação com maio.
Na análise anual, o indicador apontou crescimento de 29,8% (em maio o percentual foi de 21,7%), representando o maior aumento desde maio de 2002.
O crescimento da inadimplência no semestre é justificada pelos efeitos da política monetária para controle da inflação, alta dos juros, do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e encarecimento do crédito, avaliam os economistas da Serasa.
Na decomposição do indicador, a inadimplência com os bancos foi a principal responsável pela alta do índice mensal, com aumento de 8,1%. As dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água), e os cheques sem fundos também colaboraram para a alta com variação de 5,4% e 18,9%, respectivamente. Os títulos protestados não permitiram que o índice subisse pouco mais, com queda de 11,7%.Valor médio das dívidas não bancárias
No primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor médio das dívidas não bancárias caiu 20,2%. As dívidas com os bancos também apresentaram queda de 2%. Os títulos protestados e os cheques sem fundos tiveram alta de 14,9% e 7%, respectivamente.