Na passagem de outubro para novembro, a inadimplência do consumidor permaneceu praticamente estável (+0,06%) no Brasil, segundo dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, no entanto, houve avanço de 3,37%. O total de inadimplentes que constam nos serviços de proteção ao crédito está em cerca de 55 milhões de pessoas.
Segundo os economistas da instituição, o resultado na relação interanual confirma uma trajetória de desaceleração que se iniciou em agosto.
"O resultado da comparação ano a ano representa a menor variação para meses de novembro desde o início da série histórica (em 2010)", dizem, em nota. Em outubro, a expansão havia sido de 3,95%, na comparação com igual mês de 2013.
Os especialistas também destacam a desaceleração do indicador na base mensal. "Apesar da ligeira alta de 0,06%, o número de pessoas com dívidas em atraso no banco de dados do SPC é o menor desde novembro de 2011".
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o que explica a desaceleração no crescimento das taxas de inadimplência no país são fatores ligados ao atual cenário econômico.
"Os dados da conjuntura são unânimes em apontar fraqueza da economia, em especial da confiança do consumidor, que tem se deparado com inflação elevada e taxas de juros em patamar alto", comenta.
O número de dívidas em atraso também cresceu em novembro na comparação com o mesmo mês de 2013, com avanço de 3,53%. Já em relação a outubro deste ano, o indicador teve ligeiro crescimento, de 0,17%.
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