A retomada econômica e o efeito calendário fizeram a inadimplência do consumidor registrar, em agosto, a maior queda mensal desde maio. O índice caiu 5,1% no mês em relação a julho, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado hoje. Agosto não registrou aumento na inadimplência mesmo com o Dia dos Pais, a melhor data para o comércio no ano até agora, segundo a Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. O mês teve dois dias úteis a menos que julho.
De acordo com a Serasa Experian, a evolução da atividade econômica nos últimos meses favoreceu os resultados. Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 1,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro.
Mesmo perdendo fôlego, a inadimplência mostrou aumento de 9,5% no acumulado de janeiro a agosto em comparação com o mesmo período de 2008. Segundo os técnicos, a retomada da economia a partir do meio de abril, com a diminuição dos juros, a recuperação do emprego, a maior confiança do consumidor e o restabelecimento do crédito, tem cooperado para a queda gradativa da inadimplência no período.
Na comparação entre agosto deste ano e o mesmo mês do ano passado, a ampliação do índice foi de 7%, repetindo o nível registrado em julho em relação ao mesmo mês de 2008. Nesta mesma base de comparação, agosto teve o menor resultado desde março, quando a inadimplência chegou a 16,6%.
Ranking
Os débitos com bancos ocuparam a primeira posição no ranking de representatividade da inadimplência do consumidor, de janeiro a agosto, com 44,2%. Em seguida, aparecem as dívidas com cartões de crédito e financeiras, com 36,5%. Na terceira posição, estão os cheques sem fundos, com 17,4%. Concluem a lista os títulos mandados a protesto, com 1,9%.
Já o valor médio das dívidas com cheques sem fundos cresceu 39 7% de janeiro a agosto, ante igual período de 2008. No caso dos títulos protestados, o crescimento foi de 16,8%. Os cartões de crédito e os débitos com bancos tiveram uma queda de 10,1% e 2 9%, respectivamente, no valor médio.