O número de consumidores com nome "sujo na praça" que regularizaram sua situação em julho desse ano foi 3% menor do que no mesmo período do ano passado em Curitiba. As informações são do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) administrado pela Boa Vista Serviços, segundo dados divulgados pela Associação Comercial do Paraná (ACP).
O número é o mesmo da média nacional, e pode ter relações com critérios macroeconômicos como a existência de juros mais altos, e a desaceleração no crescimento da renda, na avaliação do economista da Boa Vista, Flávio Calife.
No acumulado do ano, Curitiba teve uma queda de 3,1% na chamada recuperação de crédito, calculada pelos registros que foram excluídos do banco de dados do SCPC. No Brasil, a baixa foi de 2% no acumulado do ano, em relação a 2013.
O economista pondera que houve uma "queda significativa da inadimplência" no ano passado, o que pode ajudar a explicar o pé no freio do consumidor que busca regularizar sua situação. Seria um "movimento natural das dívidas", analisa.
Festas de fim de ano
Apesar do movimento tímido em relação ao ano anterior, o processo de regularização avançou em relação ao mês de junho em 7,2% em Curitiba e 5,7% no Brasil, movimento que é comum, uma vez que muita gente quita o saldo no segundo semestre tendo em vista as festas de fim de ano, segundo Calife. "As pessoas vão pagar dívidas e comprar mais. Isso não significa que o volume de compras vai ser maior do que no ano passado", avalia.
Para este ano, o comércio prevê o pior Natal nos últimos 10 anos, com estimativa de 3% de crescimento nas vendas (confira reportagem completa).