O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira (30) que o anúncio das medidas de incentivo ao financiamento privado de longo prazo será feito em um mês e meio. Ele ressaltou que entre as medidas estão a modernização do sistema financeiro e a redução do spread da taxa de juros e dos impostos. De acordo com Mantega, já existe no governo uma proposta de reforma tributária, que só não foi colocada em votação por conta do período eleitoral.

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Ele destacou ainda que, entre os desafios do próximo governo, estão a continuidade da desoneração, a redução do custo Brasil e da burocracia. Na avaliação do ministro, o governo atual está criando condições para que a próxima gestão possa avançar no processo de crescimento sustentável da economia brasileira.

Em sua participação no 7º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizado hoje em São Paulo, o ministro fez questão de destacar que a economia brasileira passa por uma nova era. Ele fez menção à tranquilidade pela qual passa a economia brasileira em pleno período eleitoral - o que, segundo ele, é incomum no País.

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O ministro acrescentou que o fato de o Brasil ter uma das taxas de juros mais altas do mundo, além de uma taxa de investimento no mercado imobiliário de apenas 4% do Produto Interno Bruto (PIB), o credencia a permanecer crescendo. "O (Ben) Bernanke (presidente do banco central dos Estados Unidos) anda preocupado porque ele não tem mais como fazer política monetária e nós podemos reduzir a taxa de juros", avaliou o ministro.

Ainda segundo ele, apesar de as economias americana e europeia estarem crescendo a taxas lentas, a partir de 2012 e 2013 Mantega acredita na recuperação mais consistente no exterior, o que será benéfico para o Brasil. "Claro que não vamos ficar olhando para esta situação. Vamos agir e vamos tomar algumas decisões", comentou o ministro, citando o "envelhecimento da política concorrencial".

Mantega lembrou que o Ministério da Fazenda já aprovou um pacote de medidas antidumping para evitar, por exemplo, a triangulação nas exportações de outros países para o Brasil. "Nós temos que tomar cuidado para evitar protecionismo, o que não é bom para ninguém. Mas também não vamos ser bobos", disse Mantega, referindo-se ao anúncio do governo norte-americano de que tomará medidas para evitar a concorrência desleal.

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