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Indústria

Incepa recebe o quarto forno para produzir mais

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A Incepa, fabricante de pisos e revestimentos de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, está perto de ver os resultados do investimento de R$ 50 milhões feito na fábrica desde 2004. A empresa vai receber nas próximas semanas o último dos quatro fornos de queimar cerâmica importados da Itália. Os outros já estão instalados e funcionando a pleno vapor. Com a troca dos equipamentos, a empresa conseguiu reduzir o consumo de gás natural em 40%. Os fornos novos também permitem produtividade maior. A Incepa pretende aumentar a produção anual dos atuais 16 milhões de metros quadrados para 18 milhões metros quadrados.

Com o aumento da produção, a empresa vai arrecadar mais Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O imposto adicional foi diferido e será pago em até quatro anos, dentro do programa de incentivos fiscais do governo do Paraná. Em 2006, a Incepa faturou R$ 240 milhões, 6,2% a mais do que no ano anterior. De acordo com o diretor da empresa, Jorge Francino, as vendas vêm em uma crescente desde 1999, quando a espanhola Roca adquiriu o grupo suíço Laufen, detentor da Incepa.

No ano passado, as exportações caíram 10 pontos porcentuais, chegando ao patamar de 35% da produção. A queda ocorreu principalmete nos negócios com os Estados Unidos, Austrália e Europa. "Para nos mantermos vivos nas exportações, passamos a fazer novos produtos com maior valor agregado para aumentar o preço deles em dólar", disse. O faturamento maior é fruto das vendas no mercado interno, que se beneficiaram de algumas medidas tomadas pelo governo federal, segundo Francino. "O mercado da construção civil ficou bastante aquecido com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a queda na taxa de juros. Aqui no Paraná o setor também contou com a redução na alíquota do ICMS", explicou.

Em 2007, a empresa planeja continuar apostando no mercado brasileiro. A marca Roca já foi levada para as principais capitais do Nordeste, e a expectativa é de aumentar as vendas, hoje concentradas no eixo Centro-Sul. "Como o custo do transporte é muito alto, representando de 20% a 30% do valor do produto, estamos atacando com itens de maior valor agregado, assim o preço do frete fica diluído", declarou. O faturamento esperado para o ano é de R$ 244,7 milhões.

Segundo Francino, o preço do gás natural atrasou os investimentos no Brasil. Mas no fim do ano passado, a direção da Roca deu o sinal verde para a compra dos novos fornos. As despesas com gás natural representam 25% dos custos da empresa.

Desde 1999, quando a multinacional assumiu a empresa, foram aplicados R$ 100 milhões nas unidades de Campo Largo e de São Mateus do Sul. Juntas, elas empregam cerca de 900 funcionários. Nos últimos meses a empresa voltou a contratar, mas apenas para repor o pessoal que havia sido demitido durante o período de troca de fornos, já que a produção foi paralisada.

Como a temperatura no interior dos equipamentos é altíssima, variando de 1.000 ºC a 1.200 ºC, eles permanecem sempre ligados. A produção na fábrica é em três turnos, vinte quatro horas por dia, sete dias por semana.

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