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A Reliance Industries começou na quinta-feira a processar petróleo em uma nova refinaria no oeste da Índia, quase dobrando a produção da companhia e criando o maior complexo de refino do mundo justamente em um momento em que a demanda pela commodity recua.

Depois de alcançar capacidade total de processamento de 580 mil barris por dia, o projeto de 6 bilhões de dólares tornará o complexo petrolífero em Jamnagar, no Estado de Gujarat, o maior fornecedor de combustível do mundo ao mercado global. A instalação produzirá 1,24 milhão de barris de combustível ultra-limpo para Europa, África e Estados Unidos.

"As unidades secundárias de processamento estão agora sob sincronização e comissionamento. Todo o complexo de refino deve chegar à capacidade completa em breve", informou a companhia em comunicado.

O projeto é criação do presidente-executivo, Mukesh Ambani, que ajudou a romper com a grande dependência da Índia a combustível importado uma década atrás com a primeira planta da Reliance com capacidade para 660 mil barris diários.

Fontes no setor e da indústria disseram anteriormente à Reuters que por razões tributárias a nova unidade não deve começar a fazer exportações significativas até abril, quando o novo ano fiscal começa na Índia.

Administrada pela subsidiária Reliance Petroleum, na qual a norte-americana Chevreon detém 5 por cento de participação, a refinaria vai mais que satisfazer a demanda adicional de produtos petrolíferos do mundo no próximo ano, se a previsão da Agência Internacional de Energia não for novamente cortada por conta da recessão global.

Mas a situação não é de todo desconhecida por Ambani.

"Quando em 1999 começamos nossa primeira refinaria em Jamnagar, vimos uma recessão global e quando estão prestes a iniciar uma nova refinaria, a história se repete", disse o executivo no mês passado.

Mas, diferente do ocorrido há uma década, quando Reliance construiu sua refinaria para atender à crescente demanda por combustíveis da Índia, a nova planta é voltada totalmente ao mercado de exportação, evitando o mercado doméstico em que o governo ainda controla os preços.

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