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Política monetária

Indicado de Lula assume Banco Central durante férias de Campos Neto

Gabriel Galípolo
Gabriel Galípolo passa a comandar o Banco Central a partir desta quinta (4) durante férias de Campos Neto. (Foto: Albino Oliveira/Ministério da Fazenda)

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O economista Gabriel Galípolo assumirá a presidência do Banco Central a partir desta quinta (4) durante as férias de Roberto Campos Neto, que o indicou para comandar a autoridade monetária pelos próximos 15 dias.

Galípolo foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a diretoria de Política Monetária e é cotado pelo mercado financeiro para ser também o próximo chefe da autoridade monetária após o fim do mandato de Campos Neto, em dezembro.

Ele, no entanto, já vem atuando interinamente desde a última sexta (28) em virtude de uma viagem de Campos Neto à Europa para participar de eventos. No entanto, evitou fazer qualquer intervenção no mercado de câmbio mesmo sendo cobrado por aliados do governo por conta da disparada do dólar nesta semana.

Ao assumir a presidência do Banco Central, Galípolo passa a ser o que Lula sempre desejou e criticou por não conseguir: indicar o chefe da autoridade. Nos últimos dias, ele vem se queixando de que assumiu a presidência da República tendo de conviver com um indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Para Lula, Campos Neto age politicamente a favor de Bolsonaro e contra seu governo. As sucessivas críticas do petista a ele fizeram o dólar disparar desde a semana passada por conta da manutenção da taxa básica de juros a 10,5%.

As falas de Lula geraram desconfiança do mercado financeiro principalmente por conta da condução da política monetária, que poderia ser afrouxada com uma indicação alinhada a ele.

Galípolo, no entanto, afirmou na semana passada que o Banco Central está alerta com a condução da economia brasileira e que a autarquia vai reagir se for preciso. “Se as coisas piorarem, o Banco Central vai reagir? Sim, com certeza. Se as coisas melhorarem, o Banco Central vai reagir também”, pontuou.

Ele foi um dos que votaram a favor da manutenção da Selic em 10,5%, duramente criticada por Lula e aliados.

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