Indicador de crédito cai 1,3% em abril

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O volume de operações de concessão de crédito no país sofreu queda de 1,3% em abril, a quinta consecutiva, segundo mostra o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito, que atingiu o valor de 103,7. Para os analistas da Serasa Experian, esta queda é uma indicação de que o ritmo de concessão de crédito ao consumidor deverá passar por um processo de desaceleração, especialmente ao longo do segundo semestre deste ano. "O atual ciclo de aperto monetário encarecendo o crédito na ponta do consumo, os cortes orçamentários visando reforçar a geração de superávit primário do setor público e a retirada dos estímulos fiscais às aquisições de bens duráveis figuram entre os fatores que irão proporcionar um crescimento mais moderado do crédito com recursos livres aos consumidores, a partir dos próximos meses", preveem os economistas da Serasa.

Entretanto, dizem eles, tal desaceleração tende a ser gradual, dado que o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor, deslocado seis meses adiante, ainda situa-se acima de 100. Assim, o volume mensal de concessões de crédito aos consumidores permanecerá em patamar superior à sua trajetória de longo prazo, pelo menos durante os próximos seis meses. "Neste sentido, esta suave desaceleração esperada das concessões de crédito ao consumidor parece não ser suficiente para evitar novas elevações da taxa básica de juros, por parte da autoridade monetária, objetivando produzir um desaquecimento mais contundente da atividade econômica, necessário para a convergência da inflação à sua trajetória de metas", explicam.

Já o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito às Empresas, após seis meses oscilando ao redor da estabilidade, avançou 0,2% em abril ante março de 2010, atingindo 98,4. "Tal configuração sinaliza que o ritmo de concessões reais de crédito às empresas, efetuadas com recursos livres pelo sistema financeiro, (basicamente operações de capital de giro), deverá continuar abaixo do seu equilíbrio de longo prazo (nível 100), assim permanecendo até fins de 2010.