O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 4,6% em março para 64,3 pontos, na comparação com o mês anterior, considerando os dados ajustados sazonalmente. "O resultado reverte o movimento que sinalizava tendência ascendente para a taxa de desemprego nos quatro meses anteriores", destacou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em nota.

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A fundação ressaltou que as classes que mais contribuíram para o recuo do ICD em março foram a dos consumidores com renda familiar entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou -6,8%; e a dos que possuem renda familiar superior a R$ 9.600,00, com variação de -4,7%. O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 0,5% em março ante fevereiro, para 85,7 pontos, segundo dados com ajuste sazonal. "O resultado confirma o fim do período de ajustes observado ao final do ano passado, após o baque das manifestações populares, mas é ainda insuficiente para determinar se o País entraria em uma nova fase de desaceleração no ritmo de contratações ao longo dos próximos meses", informou o Ibre/FGV em nota oficial. Para chegar a esse resultado, os componentes do IAEmp que mais influenciaram foram o indicador da Sondagem da Indústria que mede as satisfação dos empresários em relação à situação atual dos negócios, que recuou 3,0%, e o indicador de expectativas dos empresários em relação às tendências de negócios, da Sondagem de Serviços, que caiu 1,8%.

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O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.